quinta-feira, 31 de julho de 2014

Através da Bíblia - Êxodo 17

Êxodo 17
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Quero saudá-lo em nome de Jesus Cristo, o nosso salvador. É com grande prazer e satisfação que iniciamos mais um tempo de estudos. E, para você que tem nos acompanhado fielmente declaramos a nossa gratidão de, a cada programa, termos a possibilidade de estudarmos com você mais um trecho das Escrituras Sagradas. Sentimos-nos privilegiados quando recebemos a carta dos nossos amigos contando-nos suas experiências com Deus através desse programa. Por isso, incentivamos a você que é ouvinte assíduo a escrever dando-nos suas impressões sobre o programa. Por isso, é que compartilhamos a carta de um irmão que é da cidade de São Luiz, no estado de Maranhão. São essas as suas palavras: "Parabenizo este maravilhoso programa pela poderosa palavra de Deus que trás conhecimento, sabedoria e salvação a todos aqueles que crêem. Sou ouvinte assíduo do Através da Bíblia e já estou aproveitando esta nova etapa de estudos bíblicos relendo e estudando a Bíblia desde o início. Deus os abençoe". Querido irmão, somos gratos por suas palavras. Elas soam para nós como um incentivo, mas também nos enchem de responsabilidade para que cada vez mais tenhamos programas que edifiquem a cada um de vocês. Por isso oramos pedindo as bênçãos de Deus. E, é para isso que chamo a sua atenção agora. Vamos orar: "Pai de amor, somos gratos pela oportunidade que tu nos dás de abrirmos a sua palavra e juntos ouvirmos a sua voz. Senhor desejamos e necessitamos da iluminação do teu Espírito para podermos compreender a Tua Palavra e capacitados por ele mesmo cumprirmos os teus mandamentos. Senhor obrigado porque tu nos ouves. Obrigado porque respondes as nossas orações. Por isso oramos em nome de Jesus, Amém".
Querido amigo, nossa tarefa no programa de hoje é estudar os 16 versos que compõe o capítulo 17 do livro do Êxodo. Vemos aqui o povo de Deus marchando pelo deserto. O povo de Israel havia deixado o Egito, atravessado o Mar Vermelho e agora marcha na direção do monte Sinai. E neste percurso o povo tem sete experiências que nos lembram as experiências que todos nós, os cristãos, enfrentamos. Eu vou alistá-las para que você anote e as perceba na sua própria vida, pois como diz o texto sagrado, tudo isto aconteceu para o nosso ensino, para o nosso exemplo, conforme diz o apóstolo Paulo em 1Co 10:11. E fazemos bem quando lemos e aprendemos estas lições.
A 1ª experiência foi relatada em 15.22, quando depois de caminharem por 3 dias no deserto não acharam água; a 2ª está em 15.23, quando ao acharem águas elas eram amargas e não podiam beber; a 3ª experiência foi narrada em 16.3, quando já no deserto, sentiram falta de carne; a 4ª experiência também foi narrada em 16.3, quando sentiram falta de pão; Você está me acompanhando? Vá anotando, pois são lições preciosas. A 5ª experiência, está em 16.27, quando alguns do povo não creram no Senhor e foram procurar o maná no 7º dia, sendo que o Senhor já tinha avisado que o dobro já fora dado no 6º dia. A 6ª experiência está relatada no texto que estamos estudando, isto é em 17.1. Em Refidim, não havia água para o povo beber e, novamente o povo murmurou. A 7ª experiência está relatada no verso 8, que estudaremos ainda neste programa. Querido amigo, são essas experiências pelas quais também somos submetidos. São testes que o Senhor nos permite passar para testar a nossa fé, para testar se somos obedientes ou não à sua Palavra. Como você deve perceber, em todas essas sete experiências o povo de Israel falhou. Faltou-lhes fé, desobedeceram e temeram as circunstâncias, e mesmo assim sempre tiveram a bênção e as bondosas providências do Senhor. Mas vamos ao texto do capítulo 17 onde encontramos essa 6ª experiência, um teste ao qual Deus submetia o seu povo. Mais uma vez o povo estava sem água e mais uma vez Deus milagrosamente providenciou água para eles.
Nos 4 primeiros versículos: podemos notar que o povo tinha parado em Dofca e também em Alus cf. Nm 33.11-14 e, agora estavam em Refidim onde também não encontraram água e novamente murmuraram contra Moisés, contenderam com ele, embora Moisés tenha mais uma vez avisado que na verdade a contenda não era com ele, mas estavam tentando o Senhor, cf.v.2. A expressão: contenderam com Moisés deve ser destacada, pois significa: discussão, significa processar juridicamente, trazendo a idéia de desejarem apedrejar a Moisés, cf. v.4, por motivo de traição, demonstrando a revolta do povo.
Certamente Moisés estava ficando impaciente. O povo estava sempre descontente, insatisfeito, e lançando sempre a culpa sobre ele, diante de qualquer dificuldade que encontrava. Isto nos lembra que há cristãos assim. Cristãos que estão sempre murmurando, insatisfeitos. Isto revela o seu estado ou condição espiritual. E apesar de viverem assim, lamentando, estes cristãos pensam que estão em excelentes condições espirituais. É que neste estado o cristão, ignora o seu próprio estado espiritual. Mas, querido amigo, novamente vemos Deus graciosamente suprindo suas necessidades, e satisfazendo-lhes os desejos. Deus está sempre atendendo ao clamor do povo. O povo reclama e murmura, mas Deus vem bondosamente e supre suas necessidades.
No versículo 5 o Senhor manda que Moisés passe adiante do povo e leve consigo os anciãos e também o cajado, que Deus transformara em símbolo de poder e autoridade. Os anciãos seriam testemunhas representativas do que iria acontecer.
Deus ordenou que Moisés ferisse a rocha por meio deste cajado, conforme lemos nos versículos 6-7. Deus estaria sobre a rocha em Horebe, isto é, no Monte Sinai, no monte do Senhor. Aqui temos o povo de Deus tendo a sua primeira experiência de beber água da rocha. Tratava-se de uma manifestação do poder de Deus, porque ninguém pode tirar água de uma rocha. Mas, o milagre aconteceu e o povo matou sua sede. E o que significa isto? Que lição Deus quer nos ensinar aqui? O que representa aquela rocha? Felizmente a interpretação está na Palavra de Deus. Não precisamos fazer especulação, pois a própria Palavra de Deus nos diz tudo a respeito destes acontecimentos.
Você se lembra daquela passagem de 1Co 10? No versículo 3 lemos que todos comeram do maná, do manjar espiritual, que era símbolo de Cristo, como nos diz o próprio Jesus em Jo 6.35. E diz também no versículo 4, que todos beberam da mesma bebida espiritual, porque todos beberam da rocha espiritual e esta rocha era Cristo. E diz mais o texto, em 1Co 10.11 que todas estas coisas aconteceram para o nosso exemplo, para o nosso ensino. Então, o maná que comeram, representava Cristo, o pão vivo que desceu do céu. E a água que beberam da rocha, falava também de Cristo, que é a água da vida. Esta rocha é um dos mais belos símbolos ou figura de Cristo. E isto aconteceu exatamente no momento quando o povo revela a sua incredulidade. O povo está sempre duvidando de Deus, e por isso aquele local foi chamado de Massa, que significa prova ou processo judicial e Meribá, que significa querela ou pleito, cf. o v.7. Moisés feriu a rocha e o milagre aconteceu transformando uma rocha numa fonte de bases firmes, sólidas, em quem podemos firmar a nossa fé. A despeito dos muitos feitos sobrenaturais de Deus, o povo sempre duvidou de Deus, e a dúvida ou incredulidade é como uma nuvem que esconde a face de Deus de nós.
Querido amigo, esta pedra de onde jorrou água em abundância é uma linda figura de Cristo. O próprio Jesus, em Mt. 16.18 afirmou ser Ele a rocha sobre a qual edificaria a Sua igreja. Pedro disse também em 1Pe.2.4 que a pedra que os construtores rejeitaram, tornou-se a pedra da esquina, pois para Deus era eleita e preciosa. Mas, além deles, também Paulo, em 1Co 3.11 disse que nenhum outro fundamento foi posto, além daquele que é Cristo Jesus.
É... querido amigo, além de ser rocha, Jesus é também a fonte de água viva no deserto deste mundo. Mas, nós sabemos que é o último lugar para se procurar água para se beber é na rocha. Quem é que pode tirar água duma rocha? Humanamente é impossível, porém daquela rocha do Monte Sinai Deus fez jorrar água potável, deliciosa, para o seu povo matar a sede. Isto nos fala de Cristo. Agora não nos esqueçamos de que a vida cristã começa quando aceitamos a Cristo como Salvador. O pecador precisa começar na cruz, onde Cristo consumou a sua salvação. Os ensinos de Cristo nos apontam para o Cristo da cruz. Não é por lermos meramente a Bíblia ou ouvirmos mensagens evangélicas que somos salmos. Não! O que nos salva é a fé em Cristo. Cristo é a rocha da nossa salvação. Jesus foi crucificado para a nossa salvação. Fora dEle não há salvação. Deus usou a sua morte para nos salvar. Jesus veio a este mundo, depois nos deixou dizendo, que não nos deixaria órfãos. Mas, que enviaria o seu Espírito. Ele disse: se eu não for, o Consolador não virá. E o Espírito Santo veio no dia de Pentecoste, como água viva a jorrar para a vida eterna, cf. o próprio Senhor Jesus nos disse em Jo.7.37-39.
Porém, a despeito desta verdade há muitos que estão morrendo de sede. Milhões estão morrendo de sede por toda parte. Mas há em Cristo abundância de água da vida, uma fonte sempre transbordante. Mas o que impede muitos de beberem dessa água eterna? É incredulidade que os impede de beber. O canal de bênção está fechado para eles. A dúvida, a incredulidade, a indiferença, tem fechado o canal de água da vida para eles. Muitos estão dizendo que são cristãos, que conhecem a Jesus, porém estão morrendo de sede. Estão com os corações vazios. Estão procurando matar a sede nas coisas do mundo, nas cisternas vazias do mundo. Não creio que estas pessoas que se dizem cristãs e vivem assim, já conheceram verdadeira e experimentalmente a Cristo. Muitos conhecem a Jesus apenas racional ou intelectualmente. É necessário termos uma experiência pessoal com Ele. Não podemos confundir a pessoa de Jesus com qualquer igreja ou religião. A fonte de vida espiritual e de salvação é Cristo, e não a igreja ou religião. Muitos ficam desencantados quando aderem a certos movimentos religiosos e que não encontram. Cada pessoa tem de conhecer a Cristo de modo pessoal. Jesus disse que aquele que for a Ele, e beber da água que Ele dá, nunca mais terá sede. Quer dizer, a pessoa fica satisfeita e, do seu interior fluirão rios de água viva.
Responda com sinceridade: Você já bebeu a água da vida, isto é, você já recebeu Jesus como seu salvador pessoal? Você já é uma fonte a jorrar para a vida eterna, isto é, você já tem o Espírito Santo habitando em você? Querido amigo, responda diante de Deus! Saiba que Ele quer dar todas essas bênçãos para você gratuitamente.
Agora vamos para outro importante incidente neste capítulo 17. Temos aqui a 7ª experiência, a 7ª prova pela qual o povo passou em sua marcha pelo deserto. Vamos observar esse episódio atentamente.
Nos versos 8-10, o povo tem essa experiência difícil com Amaleque neste local chamado Refidim, ao sul da Palestina, no Neguebe, perto de Edom, cf. Nm.13.29.
O povo deste lugar, os amalequitas eram descendentes do neto de Esaú, cf. Gn 36.12-16 e, numa atitude maldosa e covarde, cf. Dt 25.17-18 atacou Israel pela retaguarda assaltando os israelitas retardatários que ficavam desfalecidos, cansados da dura jornada.
No v. 9, pela 1ª vez aparece o nome de Josué. Era pertencente da tribo de Efraim, e provavelmente, nessa ocasião tinha 45 anos de idade. Anteriormente chamava-se Oséias, que quer dizer "salvação" e teve o seu nome mudado para Josué, que significa: "Jeová salva". Josué teve a responsabilidade de escolher um exército e lutar contra Amaleque. Ele era o auxiliar direto de Moisés cf. Êx 24.13 e Nm 11.28. Ainda no v.9 notamos que nesta luta, só sairemos vitoriosos com a ajuda de Deus. Sozinhos estamos perdidos. No v.10 notamos que Moisés, com o seu cajado, Arão e Hur subiram para o topo da montanha a fim de orar e interceder em favor do povo de Israel diante de Deus. Mas, quem eram eles? Arão era o irmão de Moisés, aquele que tinha sido o seu porta-voz diante do Faraó e Hur, muito provavelmente era neto de Calebe e avô do famoso Bezalel, artífice do tabernáculo, cf. Ex 31.2-3 e 1Cr 2.19-20. E, por que os dois foram com Moisés para o monte, enquanto Josué lutava contra os amalequitas? É ... querido amigo, como dissemos, eles foram orar. É ... é que o segredo da vitória está na oração.
Amaleque inimigo do povo de Deus pode simbolizar a vida carnal, a vida longe de Deus. Assim, podemos ver por meio desta batalha, que a nossa vitória nunca poderá ser conquistada por meio das nossas forças. O nosso próprio esforço seria inútil. Notamos também aqui que o povo de Israel luta pela primeira vez com outro povo. Todos os filhos de Israel lutaram pela primeira vez com outro povo. Todos os filhos de Israel, todos os que pertenciam a Deus entraram na guerra. Assim, simbolicamente é possível ver no cristão a luta entre a carne e o Espírito. O apóstolo Paulo fala sobre isto na sua epístola aos Gálatas, capítulo 5:17: "O Espírito luta contra a carne e a carne luta contra o Espírito".
Nos versículos 11-13 Vemos que a batalha foi ganha no alto do monte por meio da oração. Ali no monte, em meio a oração, a vitória foi determinada. A batalha foi mais de oração do que mesmo de espada. O povo de Israel não podia ganhar nenhum batalha pela espada. Os seus inimigos eram sempre mais poderosos. O povo de Israel não tinha soldados naquele tempo. Não havia ninguém com experiência de guerra, de luta, de batalha. Eles não podiam lutar com as suas próprias armas. Vemos que Moisés teve que ficar intercedendo pelo povo de Israel com as mãos erguidas. Enquanto as suas mãos se mantinham levantadas, o povo de Deus levava vantagem. Porém quando suas mãos baixavam, o povo de Deus e começava a sofrer derrotas e desvantagens. O povo perdia quando as suas mãos baixavam. Isto nos lembra que a oração e o Espírito Santo são os recursos divinos que dispomos para vencermos nesta batalha contra a carne. A vitória vem quando o cristão que ora anda segundo o Espírito, e não segundo a carne. Temos que andar no Espírito para não satisfazermos as concupiscências da carne. O que temos aqui neste incidente na vida do povo de Deus é muito importante. Arão e Hur precisavam segurar as mãos de Moisés para que o povo de Deus continuasse vencendo. É por meio da oração e do Espírito de Deus que podemos vencer.
Nos versos 13-14 Deus ordena a Moisés que registre essa vitória espetacular para que servisse de memória para as futuras gerações. E, ainda mais, Deus promete aniquilar com Amaleque, o que de fato ocorreu nos dias de Saul, cf.1Sm 15.7-8 e 16.32-33.
E, diante de tal vitória, no verso 15 Moisés edifica um altar ao Senhor e lhe chamou de Jeová Nissi, isto é o Senhor é minha bandeira, que literalmente significa: O Senhor é a minha haste, mesma palavra para cajado ou bordão em hebraico. Podemos notar aqui três detalhes que precisamos anotar. O 1º, cf. o v.14 é que Deus diz que Ele é que vai derrotar e eliminar Amaleque. Deus diz que vai riscar a memória de Amaleque. Deus um dia irá eliminar de nós a nossa velha natureza. O 2º detalhe é que Deus nunca se compromete com a velha natureza. Nós temos sido envolvidos de um maneira ou de outra com a carne. Mas, Deus terá guerra contra Amaleque de geração a geração. Isto nos lembra que nunca podemos eliminar por nós mesmos a nossa natureza. Dependemos de Deus! E, o 3º detalhe aponta para o fato de que esta luta é a luta da carne contra o Espírito. Existe um constante conflito entre o Espírito e a carne e entre a carne e o Espírito. Eles são dois poderes contrários. E só conseguiremos vencer a velha natureza pelo poder de Deus.
Querido amigo, chegamos assim ao final de mais um tempo de estudos.
Agradecemos a Deus pela oportunidade de estudarmos e podermos compartilhar com os amigos e irmãos a Sua palavra que é fonte de vida para todos nós.
Anote o nosso endereço que será mencionado a seguir e escreva para nós ou envie-nos um e-mail compartilhando o valor do nosso programa pra você.
Um forte abraço e até o próximo programa,
Que Deus te abençoe.

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