quinta-feira, 31 de julho de 2014

Através da Bíblia - Êxodo 11

Êxodo 11
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia" e para nós é sempre motivo de muita alegria sabermos da sua companhia conosco. Obrigado por que você tem sintonizado esse programa e tem sido fiel em nos acompanhar no estudo sistemático que fazemos da Palavra de Deus. Estamos estudando nesses programas a preparação da libertação de Israel da escravidão do Egito. Hoje vamos estudar o capítulo 11 onde Moisés anuncia a décima praga. Certamente teremos lições importantes para aprender e aplicar em nossas vidas. Por isso sugiro a você abrir a sua Bíblia e acompanhar atentamente o estudo da Palavra eterna. Depois você pode escrever compartilhando como Deus falou ao seu coração. E é exatamente isso que o nosso irmão da cidade de Barretos, no estado de São Paulo, escreveu com essas palavras: "Para mim foi uma emoção muito grande voltar a sintonizar esse programa. Quando me converti, me senti edificado com as mensagens do Através da Bíblia. Me ajudou muito a crescer e permanecer na fé". Querido amigo esse é o nosso objetivo. Desejamos que através desse programa muitos sejam abençoados e desafiados a viverem de modo cada vez mais agradável a Deus, demonstrando ao mundo a realidade do reino de Deus. Muito obrigado por suas palavras de incentivo. Agora, quero convida-lo para aquele momento importantíssimo do nosso programa, quando buscamos a presença do Senhor. Vamos orar pedindo as bênçãos divinas para esse projeto de estudo da Palavra de Deus: "Pai amado, somos gratos por tua companhia conosco e por tua misericórdia . Pai diante disso buscamos a iluminação do teu Espírito. Que o Senhor fale a cada coração. Pedimos Senhor, que tu nos dê forças para desenvolvermos esse projeto na tua dependência. Oramos em nome de Jesus. Amém!"
Querido amigo, temos diante de nós os 10 versos do capítulo 11 que é o penúltimo desta sessão que nos relata os contatos de Moisés e Arão com o Faraó. Nós temos agora o anúncio da décima praga. Mas, poderíamos chamá-la também de décima primeira praga, porque de fato, conforme a opinião de alguns estudiosos foram 11 pragas, pois eles incluem também a transformação do cajado de Moisés em crocodilo ou em cobra, logo no primeiro encontro entre Moisés e Arão e o Faraó e seus oficiais como sendo a 1ª praga, conforme a opinião desses estudiosos e já estudado por nós no capítulo 7.
Aqui temos então o anúncio dessa que comumente se chama a décima praga. Essa seria a praga definitiva. Era o anuncio da praga máxima onde foi também predita a sua eficácia, embora ela só viria ocorrer conforme o relato que veremos em 12.26-39.
Querido amigo, temos que entender que essa praga era um julgamento direto de Deus sobre o Faraó e os egípcios ou então temos que considerá-la como um acontecimento natural, conforme a opinião daqueles que não crêem no poder sobrenatural de Deus. Esses que assim pensam são de opinião que o anuncio aqui referia-se a uma peste bubônica semelhante a uma epidemia que matava os mais saudáveis e melhores, como se pensava no Oriente, naqueles tempos, a respeito dos primogênitos. Mas, diante a intensidade dos acontecimentos que veremos posteriormente e diante da miraculosa sobrevivência dos que estavam protegidos pelas portas marcadas de sangue temos que admitir que de fato estamos diante do anuncio de um milagre direto de Deus contra o Egito, demonstrando o Seu poder e o Seu desejo claro de que o povo fosse libertado da escravidão, para um vida livre de adoração e serviço ao Senhor. O anuncio dessa praga vinha coroar, era o clímax das outras nove pragas anteriores. Sim, querido amigo. O que temos aqui é o anuncio de uma intervenção miraculosa e sobrenatural de Deus. Do nosso Deus soberano, do nosso Deus criador que faz com que todas as coisas sejam realizadas conforme o Seu querer.
Vamos então aos dois primeiros versículos do capítulo 11. "Disse o Senhor a Moisés: Ainda mais uma praga trarei sobre Faraó e sobre o Egito. Então vos deixará ir daqui; quando vos deixar, é certo que vos expulsará também. Fala, agora, aos ouvidos do povo que todo o homem peça ao seu vizinho, e toda mulher, à sua vizinha objetos de prata e de ouro".
Querido amigo, vamos destacar alguns pontos importantes para entendermos completamente este texto. Em 1º lugar o uso dessa palavra "praga" é interessante pois o seu significado original é "golpe", conforme a mesma palavra em 9.14 e enfatizava o ato contundente da ação divina contra o Egito e seus habitantes. Através das pragas Deus foi golpeando o Egito afim de que percebessem e reconhecessem quem era de fato o único e poderoso Deus. Em 2º lugar devemos destacar também a promessa divina de que finalmente o Faraó deixaria os israelitas saírem do Egito, indicando com isso que essa última praga seria terrível e insuportável, mesmo para um homem tão insensível e tão idólatra como tinha provado ser o Faraó até aquele momento. Em 3º lugar, é digno de nota que Deus destacou a Moisés que não só o Faraó deixaria o povo sair, mas muito mais do que isso, o Faraó expulsaria Israel do Egito, demonstrando a sua completa incapacidade de se opor aos desígnios e os atos poderosos do nosso grande Deus. É ... querido amigo, o nosso Deus é assim mesmo. Quando Ele age em definitivo tudo acontece conforme a Sua perfeita vontade. Diante dessa última ação, diante desse último golpe contra o Egito, o Faraó certamente não queria ter mais nenhum contato com os israelitas e por isso os expulsaria da sua presença. Em 4º lugar destaca-se a ordem de Deus a Moisés para que preparasse o povo para participar efetivamente do processo da libertação. Homens e mulheres de Israel deveriam pedir aos seus vizinhos objetos de prata e ouro. É significativo esse fato porque pela primeira vez o povo participaria das ações poderosas e justas de Deus contra o Egito. Nas nove primeiras pragas, o povo de Israel apenas presenciou, constatou e experimentou o poder salvador de Deus, mas agora eles deveriam participar diretamente da libertação definitiva, e isso exigia fé. Fé para acreditarem que os seus vizinhos egípcios seriam receptivos para atenderem aos seus pedidos, até aquele momento, meros escravos em sua pátria. Você percebe querido amigo, como Deus vai trabalhando de modo crescente com o seu povo? É assim também que Deus age conosco. Ele vai de modo progressivo nos conduzindo a uma fé mais sólida, a uma confiança mais definitiva no seu poder e no seu amor. Mas, em 5º e último lugar devemos destacar o porque o povo de Israel nas vésperas de sair do Egito, foi orientado por Deus para pedir objetos de prata e ouro ao povo egípcio. Objetos caros e valiosos deveriam ser pedidos, objetos de prata, objetos de ouro. Tanto os homens como as mulheres deveriam participar ativamente da libertação. Mas, então, porque eles deveriam proceder assim? Podemos responder numa só palavra: Justiça. É que o povo de Israel tinha sido vítima da pior espécie de escravatura. Trabalharam para os egípcios durante décadas, durante séculos, sem o salário justo. Trabalharam de graça fazendo serviços forçados. Eles construíram cidades e provavelmente participaram da construção das pirâmides. Trabalharam como escravos sem serem assalariados com justiça. Serviram como escravos. Então, Deus estava fazendo justiça. Ao orientar o seu povo escravo a pedir objetos valiosos aos egípcios, Deus estava promovendo a justiça, Deus estava promovendo a justa reparação. É este, querido amigo, o sentido da passagem. Eu sei que muitos de nós podemos nos sentir penalizados com o sofrimentos do povo egípcio durante todas estas pragas, apesar delas terem sido provocadas pela dureza do coração de Faraó. Mas, é importante reconhecermos que Deus estava também castigando aquele povo, que durante muito tempo, durante séculos, vinha mantendo debaixo da pior das tiranias os filhos de Israel, o povo de Deus.
Vamos ler agora o verso 3: "E o Senhor fez que o seu povo encontrasse favor da parte dos egípcios; também o homem Moisés era mui famoso na terra do Egito, aos olhos dos oficiais de Faraó e aos olhos do povo". Querido amigo, em relação a menção de que Deus fez com que o seu povo encontrasse favor da parte dos egípcios, veja como as ações divinas em favor do seu povo sempre são positivas e surpreendentes. Embora estivesse estimulando a fé em Seu povo, Deus também trabalhou nos egípcios tornando-os sensíveis aos pedidos que fariam os filhos de Israel. É importante notar que as 4 referências bíblicas que mencionam esse episódio: 3.21-22, que já estudamos; 11.2-3 que estamos estudando; 12.35-36, que nos conta exatamente a concretização desse pedido e, Sl 105.36-38, que posteriormente foi escrito como um hino de louvor ao Senhor, todos esses textos destacam de modo bem específico que os egípcios voluntariamente atenderam sem restrições aos pedidos dos israelitas, e sem dúvida, tudo isso por causa da intervenção divina. Quando provamos, confirmamos que o nosso Deus é um Deus bom, é um Deus bondoso. Mas, ainda em relação a última frase deste verso 3, que nos diz que o homem Moisés era mui famoso na terra do Egito, aos olhos dos oficiais de Faraó e aos olhos do povo, é importante notarmos os milagres divinos realizados através das mãos de Moisés o tornaram famoso e respeitado entre os egípcios. Na verdade, tanto o povo como os oficiais do Faraó reconheciam que Moisés era um homem de Deus, era um instrumento nas mãos do único e verdadeiro Deus. Diante de tantos milagres, diante de tantos atos poderosos, e, principalmente diante dos golpes divinos que eles povo e oficiais estavam sofrendo, por causa da dureza do coração do Faraó, eles reconheciam que Moisés era um representante do Deus verdadeiro que estava com sua face contra o Egito.
Querido amigo, vale a pena refletirmos sobre como aqueles que vivem ao nosso redor nos consideram. Moisés era tido em alta estima pelo povo e pelos conselheiros egípcios e, você? Como os seus vizinhos, os seus familiares, os seus amigos, os seus colegas de serviço, os seus colegas de escola, enfim, como aqueles que vivem ao teu redor o consideram? Eles têm visto em você um autêntico representante de Deus? Eles vêem em você um instrumento nas mãos de Deus? E, você mesmo, você se considera um instrumento usado por Deus para fazer as obras divinas? Vale a pena refletirmos, não é mesmo? Coloque-se diante de Deus e peça para que Ele faça de você uma testemunha fiel, um representante divino em meio a esse mundo perdido e descrente, um mundo que tem e manté o seu coração endurecido contra o Senhor.
Mas, querido amigo, o texto prossegue e nos versos 4 a 6 encontramos Moisés explicando o que aconteceria depois. Moisés diz que: o Senhor cerca da meia-noite passaria pelo meio do Egito. E todo o primogênito egípcio morreria, tanto de homens como dos animais. Haveria grande clamor em toda a terra do Egito, qual nunca houve, nem haverá jamais".
Nestes versos encontramos cinco esclarecimentos que merecem ser feitos:
Em 1º lugar, a frase "cerca da meia-noite" em português sugere indefinição, incerteza quanto ao horário, porém no hebraico não há qualquer indefinição e assim podemos traduzir de modo objetivo: "à meia-noite". Seria à meia-noite o horário em que o Anjo do Senhor passaria sobre a terra do Egito para matar os primogênitos.
Em 2º lugar, é necessário registrar que a páscoa era a única festa religiosa noturna comemorada por Israel, cf. Sl 134.1, demonstrando que aquele horário de punição para os egípcios e de salvação para os israelitas seria relembrado de geração em geração, em lembrança da maravilhosa libertação promovida por Deus.
Em 3º lugar a expressão "todos os primogênitos do Egito morrerão", cf. Sl 78.51; 105.36 e 136.10, descreve a maior das desgraças daqueles dias. Seria uma dura e terrível praga. Porque os planos e os sonhos de um pai estavam ligados ao filho primogênito que recebia o dobro dos bens da família, dos outros irmãos quando o pai morresse. A praga atingiria a "flor da juventude" ou a "nata" do Egito; o potencial presente e o potencial futuro do Egito. Provavelmente, demonstrando a sua coerência, Deus usou essa praga aqui, como a usaria para castigar Israel, como faria muito tempo depois em 2Sm 24.10-17, texto que estudaremos posteriormente, quando Deus através de uma peste matou 70.000 homens por causa do censo feito pelo rei Davi em desobediência ao Senhor. Assim, aqui também, depois muita dureza de coração do Faraó, vidas inocentes seriam ceifadas com conseqüência do pecado do rei.
Em 4º lugar, a expressão "até o primogênito da serva que está junto à mó", literalmente, "da serva que se assenta por trás das duas pedras da mó", significa que do filho mais velho da escrava que trabalhava no moinho, onde se moia o trigo para o pão, serviço que era feito por um dos escravos mais humildes de todos, passando pelos primogênitos dos animais, que tinham sobrado das pragas anteriores, até o filho do próprio Faraó, que se assentava no trono junto com seu pai, todos esses filhos mais velhos morreriam. Morreriam em demonstração do poder e do justo juízo de Deus sobre o Egito e sua população idólatra.
E, finalmente em 5º lugar, a expressão "haverá grande clamor em toda a terra do Egito, qual nunca houve e nem haverá jamais" é muito significativa pois, mostra um dos propósitos do livro. Bem no início do livro, em 2.23, Israel clamava ao Senhor por libertação. Em 5.15, Israel clamara ao Faraó, na sua angústia, mas a resposta foi negativa. Então, agora, em 11.6 quem clamaria seria o Egito, suplicando que Israel o deixasse e levasse consigo os duros golpes que Deus lhe aplicava.
Mas em relação a proteção aos filhos de Israel, mencionada no verso 7 com as seguintes palavras: "... porém contra nenhum dos filhos de Israel, desde os homens até aos animais, nem ainda um cão rosnará, para que saibais que o Senhor fez distinção entre os egípcios e os israelitas" é necessário fazermos 3 considerações fundamentais: A 1ª consideração refere-se a proteção que mais uma vez Deus prometia a Israel. Israel não sofreria qualquer dano, mesmo diante da dureza e da complexidade do castigo imposto aos egípcios. A 2ª consideração refere-se a extensão dessa proteção: até os animais seriam incluídos nessa proteção; até os animais seriam alvo dessa graça divina. E, a 3ª consideração refere-se à dupla motivação dessa ação divina contra o Egito: "para que saibais que o Senhor fez distinção entre os egípcios e os israelitas". Os israelitas deveriam saber, conhecer ainda mais quem era o Seu Deus, quem era o Deus "Eu sou" que os libertava da forte mão do Faraó. Os israelitas deveriam saber que Deus faria distinção, entre os egípcios e os israelitas, cf. 8.22. mostrando mais uma vez que Ele, quando quer pode preservar a vida do seu povo e ao mesmo tempo castigar e punir o ímpio. Sim querido amigo, Israel deveria aprender a conhecer bem, a conhecer muito mais, a conhecer experimentalmente o único e verdadeiro Deus, Yahweh, o Deus Eu sou!
Querido amigo, chegando quase ao final do nosso programa e nos versos finais desse capítulo, temos ainda que analisar os versos 8-10. Aqui ainda temos as palavras contundentes de Moisés explicitando o que aconteceria depois que esse anjo da morte passasse para fazer perecer os primogênitos egípcios. Diante da terrível praga, diante do terrível golpe, os próprios oficiais egípcios se humilhariam diante de Moisés, suplicando que saíssem todos os israelitas da terra do Egito. Homens, mulheres, jovens, adolescentes, crianças, idosos, animais de grande e de pequeno porte, todos deveriam sair. E ao ouvir esse apelo, então Moisés e o povo de Israel sairia do Egito com tudo o que lhe pertencia, mas levando consigo também jóias de prata e ouro bem como vestidos e outros utensílios. Moisés, depois de tantas idas e vindas, estava irado por ter que falar mais uma vez com o Faraó e certamente, ficou ainda mais irado quando Deus lhe avisou que mais uma vez o coração do Faraó seria mais uma vez endurecido. E esse endurecimento daria ocasião para mais uma vez Deus ser glorificado na vida do Faraó e do seu povo. Querido amigo, os planos de Deus são insondáveis, mas certamente, eles visam a glória do Seu próprio e poderoso nome.
Bom, chegamos assim ao final de mais um tempo de estudos.
Espero que você tenha aproveitado essas lições e que lhe Deus capacite a aplicá-las em sua vida. Anote o nosso endereço e nos escreva.
Deus te abençoe, até o próximo programa.

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