quarta-feira, 23 de julho de 2014

Salmo 24 - O SANTUÁRIO DO REI GLORIOSO

Salmo 24 - O SANTUÁRIO DO REI GLORIOSO Esse salmo parece ter sido uma liturgia processional usada para acompanhar o transporte da arca, símbolo da presença de Javé (cf. ISm 4.4,21,22; SI 132.8), para Jerusalém e para o santuário. Se foi ou não escrito para a ocasião descrita em 2Sm 6.12-19 (cf. lCr 15.1—16.1ss) ou a de lRs 8.1ss (cf. 2Cr 5.2ss), provavelmente deve ter sido usado em celebrações anuais posteriores desses eventos (cf. SI 68; 132). A LXX sugere que após o exílio ele foi designado para uso no primeiro dia da semana (associado à Criação). Há três seções distintas: os v. 1,2 são um hino breve que celebra o direito que Javé tem de governar, visto que ele é o Criador; os v. 3-6 são uma “liturgia de admissão” (v. comentário do salmo 15) que apresenta as condições para que os adoradores possam entrar no santuário, que são: pureza de palavra, de pensamento e de atos; os v. 7-10 são uma “liturgia da porta” cantada quando a arca chegava à entrada do templo (ou da cidade); o direito que Javé tem de entrar é evidente: ele é o rei vitorioso de Israel. Todo o salmo foi preparado para ser cantado em antífona. G. W. Anderson chamou atenção para os paralelos notáveis entre esse salmo e a visão de Isaías (Is 6). O uso cristão desse salmo geralmente o associa à entrada do Cristo ressurreto e exaltado no céu (cf. Hb 9.12,14), e por isso o Livro de Orações o designa para o Dia da Ascensão. Alguns, no entanto, o associaram ao advento ou à entrada triunfal de Cristo em Jerusalém (cf. Mt 21.9ss). Uma série de hinos cristãos também foi baseada nesse salmo como: “Levantai, ó portas, vossas cabeças” entre outros. Título: v. Introdução III. 1,2. v. 2. ele: enfático, mares [...] águas: acerca do retrato cosmológico da terra como um disco chato flutuando sobre um oceano subterrâneo apoiado por pilares (as bases das montanhas), v. Gn 1.9; 7.11; Êx 20.4; ISm 2.8; SI 18.15; 136.6; Jn 2.6. Esse versículo pode sugerir a vitória sobre as forças do caos (cf. v. 8; v. comentário de 18.4,7ss). v. 3. monte do Senhor: v. comentário de 2.6. entrar, heb. qüm: as outras ver sões trazem “estar”; cf. ISm 6.20. v. 4. que não recorre...: ou “não se volta para...” (nota de rodapé da NVI); v. comentário de 25.1. aos ídolos: lit. “vazio”; possivelmente uma referência à idolatria (cf. NTLH de 31.6: “deuses falsos”), v. 5. bênçãos: cf. Ex 20.6; Nm 6.23ss. fará justiça: a vindicação pela qual esperava (v. comentário de 33.5). v. 6. São assim aqueles: lit. “as gerações”; ou “a companhia” ou a “sorte (porção)”; NTLH: “assim são as pessoas”; v. comentário de 12.7. buscam a tua face: desejam a presença e a bênção de Javé (cf. Nm 6.23ss; SI 4.6; 11.7; 17.15; 42.2). Deus de Jacó: v. comentário de 20.1. A NVI provavelmente está certa em seguir a LXX. Pausa (“Selá”): v. Introdução III. 3. v. 7. Abram-se, 6 portais: ou é um chamado para que se abram bem ou possivelmente para que se alegrem e sejam exaltados diante da honra concedida, v. 8. Cf. Ex 15.3, 18.v. 10. Senhor dos Exércitos: ou os exércitos de Israel (cf. ISm 17.45) ou os “exércitos” celestiais dos anjos (cf. lRs 22.19) ou das es trelas e planetas (cf. Gn 2.1). A LXX traz “Todo-poderoso”; cf. ISm 4.4.

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