quinta-feira, 31 de julho de 2014

Através da Bíblia - Levítico 14

Levítico 14
Olá amigo estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". E, para você que tem nos acompanhado fielmente declaramos a nossa gratidão a Deus pela possibilidade que temos de, conversarmos a respeito das Escrituras Sagradas. Sentimos-nos privilegiados quando recebemos a carta dos nossos amigos contando-nos suas experiências com Deus através do nosso programa. Por isso é que compartilhamos agora uma carta do F.C. da cidade de Cariré, no Ceará. São essas as suas palavras: "Estou escrevendo para dizer o quanto amo este maravilhoso programa, pois tem sido uma verdadeira bênção. Estou orando para que o Através da Bíblia nunca saia do ar. Sou ouvinte muito interessado, tenho aprendido sempre com as mensagens e tenho divulgado às pessoas. Orem por mim". Querido irmão, obrigado por suas palavras. Elas são um incentivo para nós demonstrando comunhão cristã. Por outro lado, reconhecemos que a nossa responsabilidade aumenta, porque desejamos que os programas edifiquem a cada um de vocês. Por isso é que contamos com sua parceria, escrevendo para nos contar como o programa tem chegado até você e contamos com você também se unindo a nós em oração, pedindo as bênçãos de Deus. E, é para isso que chamo a sua atenção nesse momento. Quero convidá-lo a orar: "Pai de amor, somos gratos pela oportunidade que tu nos dás de juntos ouvirmos a sua voz. Senhor necessitamos da iluminação do teu Espírito para podermos compreender a Tua Palavra e capacitados por ele mesmo cumprirmos os teus mandamentos. Senhor obrigado porque tu nos ouves e respondes as nossas orações. Por isso oramos em nome de Jesus, Amém".
Querido amigo, temos diante de nós o capítulo 14.1-57 de Levítico e nesse capítulo damos seqüência à 3ª divisão do livro que engloba os cap.11-15 que tem como título As Leis da purificação.
No programa passado vimos diversos detalhes quanto à identificação da lepra e como a lepra simboliza o pecado na vida humana. Nesse capítulo ao invés de vermos alguns tratamentos de cura para a lepra, estudaremos sim, as leis relativas à purificação cerimonial de um ex-leproso.
Como vimos no programa passado, dentre todas as doenças, a lepra pode ser usada para representar, em termos espirituais, a suprema gravidade do pecado. Essa comparação se dá por pelo sete semelhanças: 1)A lepra e o pecado causam repugnância e asco; 2)A lepra e o pecado começam a manifestar-se de modo insignificante e até imperceptível, mas se não tratados podem progredir; 3)A lepra e o pecado podem afetar o homem todo; 4)A lepra e o pecado causam insensibilidade à medida que se agravam; 5)A lepra e o pecado potencialmente são hereditários; 6)A lepra e o pecado afastam o ser humano de Deus e do convívio social saudável com outros seres; e, 7)A lepra e o pecado são incuráveis através de tratamentos superficiais, entretanto, quando submetidos aos tratamentos adequados são plenamente curáveis. A lepra pode ser curada através de medicamentos corretos e atualizados. O pecado pode ser desalojado por meio do tratamento divino que se dá através do único remédio suficiente e poderoso para realizar essa cura: o sangue de Jesus, o sangue do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Assim como no capítulo passado vimos as diversas orientações sobre a identificação da lepra e os passos para impedir a contaminação, neste capítulo veremos as diretrizes para o restabelecimento do ex-leproso ao convívio com Deus, com a sociedade e com a família.
Lembrando que o contato com Deus significava o retorno à vida; que o contato com a sociedade significava o retorno à participação; e que o contato com a família significava o retorno à comunhão, vamos ver nesse capítulo como podemos aprender e aplicar essas verdades às nossas vidas diárias.
Logicamente esse ritual descrito neste texto pressupunha que a lepra fora curada. A libertação da lepra, assim como a libertação do pecado só podia ser realizada por Deus.
Assim ao observamos esse capítulo com o objetivo de estudá-lo encontramos em seu conteúdo divisões. Vamos estudá-las pormenorizadamente para extrairmos seus princípios, entende-los e capacitados pelo Espírito Santo aplicá-los em nosso viver diário, individual e comunitário.
Em 1º lugar, nos vs.1-7 temos a cerimônia da purificação em seu 1º estágio. 1)Aqui temos a descrição dos primeiros procedimentos para a restauração do ex-leproso ao convívio social. Essa era uma ocasião muito marcante tanto para o que estava doente como para a sua família e amigos.
2)Um destaque que devemos fazer é o relativo à saída do sacerdote para examinar o doente fora do arraial. O leproso não deveria em hipótese alguma entrar no arraial para evitar o risco de contaminação. O ex-leproso deveria ser examinado por um sacerdote fora do arraial, isto é, no local afastado onde ficavam os leprosos.
Só depois que o sacerdote se certificasse e, ficasse convencido que aquele tinha manifestado a doença estava completamente restabelecido e desse a autorização os rituais da purificação eram iniciados.
3)Deve-se notar que essa cerimônia de purificação era celebrada depois que se constatava a cura da lepra, isto é, a cerimônia representava, simbolizava que aquela doença já não mais existia; significando também que não era através da cerimônia da purificação que leproso era curado.
4)Nesse sentido, em nossos dias devemos entender que o batismo não salva, não é através do batismo que deixamos os nosso pecados. Não! O batismo simboliza algo que já ocorreu na vida da pessoa. O batismo é um símbolo de que já aceitamos e nos submetemos o Senhorio de Cristo em nossas vidas!
5)Para esse ritual, para essa cerimônia eram necessários 2 aves, um pedaço de madeira de cedro, um pano vermelho (carmesim), e um ramo de hissopo. Uma dessas aves seria morta e o seu sangue seria aspergido 7 vezes sobre aquele que buscava a purificação e a outra ave também aspergida pelo sangue da ave morta seria solta em campo aberto. Que interessante, não é mesmo?
6)Qual era o significado desse estranho ritual? Provavelmente as 2 aves limpas representavam a vida da pessoa que estava sendo purificada. A ave que era morta mostrava que a pessoa tinha se livrado da morte e servia também como expiação pela sua impureza anterior. A ave solta em campo aberto simbolizava o afastamento da culpa e do sofrimento físico, como acontecia com o simbolismo do bode emissário.
7)Os demais elementos desta cerimônia eram usados normalmente nos rituais de purificação conf. veremos nos vs. 51 e 52 e Nm 8.7 e 19.6. O pau de cedro, alguns entendem que simboliza a humanidade perfeita de Cristo. Nesse pau prendia-se o hissopo, amarrado pelo pano carmesim. O pano carmesim era um pano vermelho bem vivo, e significava a fé no sangue. E o hissopo era uma planta que crescia no meio das pedras em lugares úmidos, representando a fé do indivíduo.
Em 2º lugar, nos vs.8-9 temos o segundo estágio da purificação. A seqüência da cerimônia de purificação mostra que o ex-doente já podia entrar no arraial.
1)Nesse 2º estágio o israelita era levado de volta à gozar da plena comunhão com Deus. 2)Ele deveria lavar toda a sua roupa. 3)Ele deveria rapar todos os seus pêlos. 4)Deveria se banhar totalmente e assim era considerado limpo. 5)Ele já poderia entrar no arraial, mas não poderia voltar para a sua tenda. 6)Depois de 7 dias, deveria rapar novamente todos os seus pêlos incluindo cabelo, barba e até as sobrancelhas. E, finalmente, na 7ª ação, deveria de novo, lavar as suas vestes e se banhar. Então se tornava limpo novamente.
Em 3º lugar, nos vs.10-32 encontramos o 3º estágio dessa cerimônia de purificação. Com muitos e minuciosos detalhes percebemos o quanto essa purificação era importante. Embora seja um longo trecho e com muitos detalhes vamos subdividi-lo para conhecer todo o seu conteúdo:
1)Nos vs. 10-13 o ex-leproso, no oitavo dia oferecia sequencialmente 3 cordeiros como oferta pela culpa, como oferta pelo pecado e como holocausto. A oferta de manjares era constituída de 12 kg de farinha final da melhor qualidade misturada com um sextário, provavelmente ½ litro de azeite. Tudo deveria ser colocado na porta do Tabernáculo simbolizando o desejo de novamente ter contato com o Deus da aliança. A oferta pela culpa era oferecida como uma ato de restituição que o ex-doente oferecia a Deus restituindo o tempo em que não pudera ofertar por causa da sua impureza. Essa oferta seria a porção que cabia ao sacerdote, pois era considerada santíssima.
2)No v. 14 temos a descrição de um ritual já visto na consagração do sacerdócio, cf. 8.24. Era a aplicação do sangue pelo sacerdote na orelha, no polegar da mão e no polegar do pé direito daquele que buscava a purificação. O simbolismo era idêntico, pois representava que o homem purificado devia escutar a voz de Deus, devia realizar as obras de justiça com suas mão e deveria andar nos caminhos de Deus.
3)Um outro detalhe nesta cerimônia de purificação era a unção conf os vs.15-18 ocorria quando o sacerdote espargia com o dedo por 7 vezes esse óleo perante o Senhor. E aquilo que sobrasse ele também aplicaria na orelha, no polegar da mão e no polegar o pé direito na pessoa que estava sendo purificada e ainda, cf. o v.18 o que sobrasse do azeite era colocado sobre a cabeça do que queria se purificar e assim o sacerdote estava fazendo a expiação e formalmente dedicando esse purificado ao serviço do Senhor.
4)Cf. o v. 19-20 o sacerdote passava a fazer expiação, através das ofertas pelo pecado, do holocausto e da oferta de manjares, sendo que esta última era feita como um agradecimento feito pelo ofertante pela obtenção da cura da lepra.
E, como ato final dessa cerimônia de purificação...
5)Nos 21-32, diante do fato de que o ex-leproso tinha sido banido do arraial israelita enquanto estava enfermo, ele não tinha conseguido trabalhar. Esse fato poderia ter trazido empobrecimento para ele e para a sua família impedindo-o de oferecer aqueles animais mais caros ao Senhor. Mas, diante dessas situações, conf. temos notado em outras ocasiões o Senhor deu instrução para que o pobre também pudesse oferecer seus sacrifícios diante dEle. Cf. o v.21 ele poderia oferecer um cordeiro e no lugar dos outros dois animais poderia oferecer 2 pombinhos para a oferta pelo pecado e pelo holocausto. Esse procedimento era o mesmo que tinha sido visto por exemplo para com a mãe pobre que queria se purificar. Esse procedimento confirmava para o israelita que Deus tinha grande interesse em manter comunhão com ele, fosse ele quem fosse. Se houvesse sinceridade e real desejo de adoração, de comunhão, Deus proporcionava essa possibilidade.
Será que temos tido essa disposição para adorar e servir o Senhor, independente das circunstâncias? Avalie-se e veja que Deus tem interesse na sua adoração!
Em 4º lugar, nos vs.33-42 as regulamentações sobre uma casa infectada. Encontramos nestes versos o procedimento que se deveria ter em relação a uma casa infectada pela lepra, isto é, pelo mofo, bolor ou até pelo caruncho. Vale a pena detalharmos essa secção para percebermos suas designações:
1)Cf. o v.34, essas regulamentações seriam válidas principalmente para a época em que Israel habitasse em casas, na Palestina.
2)Ainda cf. o v.34 é necessário um esclarecimento. Essa frase: “e, eu enviar a praga da lepra a alguma casa da terra da vossa possessão...” deve ser bem entendida. Alguém, diante dessas palavras, pode entender que Deus é a fonte imediata de todas as coisas boas ou ruins que nos sobrevém, como p.ex. a lepra. Mas, ao invés de chegarmos a esta conclusão: 1)temos que lembrar que a Bíblia descreve a vontade permissiva de Deus para nós como ato de Deus, cf. Êx 15.26; 1Sm 2.6;Pv 3.33; Is 45.7; 2)temos que lembrar que muitos males são conseqüência da desobediência do ser humano, cf. Gl 6.7-8 e 1Pe 4.14-16; e, 3)temos que lembrar quer muitos males não tem qualquer relação com o mal ou o bem que tenhamos praticado, como vemos o caso do cego em Jo 9.1-3. Portanto, não devemos entender que Deus mandaria a praga sobre alguma casa, mas, se isso acontecesse então vem as regulamentações...
3)Cf. o v.35 o morador da casa é que tinha a responsabilidade de avisar ao sacerdote que tinha suspeita quem sua casa estava contaminada pelo bolor ou mofo.
4)Cf. o 36. o sacerdote deveria pedir que se desocupassem a casa para que ele pudesse examiná-la corretamente e para que os móveis não ficassem contaminados.
5)Depois de um exame acurado, se perceber contaminação, o sacerdote fecharia a casa por sete dias, cf. os vs. 37-38.
6)Cf. os vs. 39-40 Depois de novo exame, constatando que a casa estava contaminada era necessário a retirada das pedras quem apresentavam o bolor ou o mofo e jogassem essas pedras num lugar imundo, fora do arraial.
7)Nos vs. 41-42 as instruções continuam mostrando que, depois da retirada das pedras a casa deveria ser raspada por dentro e até o pó que resultasse dessa raspagem deveria ser jogado fora longe do arraial. E finalmente, com novas pedras limpas se reconstruiria a casa dando também o acabamento.
Querido amigo, todo esse procedimento certamente tinha caráter higiênico, mas também simbolizava a pureza que deveria ter o povo cujo Deus é Santo. Hoje sabemos que em lugares úmidos e escuros a propagação de bactérias que causam bolor ou mofo é facilitada, portanto, preservando a saúde do povo, mas incutindo a necessidade da santidade em suas mentes, Deus deu essas regulamentações...
Mas o texto prossegue nesse mesmo assunto...
Em 5º lugar, nos vs.43-47 as regulamentações sobre a destruição da casa infectada. Em continuação a esses procedimentos, nestes versos nos é relatado o procedimento que se deveria ter quando depois de todas essas medidas cautelosas a casa ainda apresentava bolor, mofo ou como diz o texto: praga de lepra. Como acontecia com a pessoa atacada pela lepra poderia ter uma recaída, aqui também a casa poderia apresentar novamente sinais de impureza. Se isso acontecesse a casa seria declarada imunda e o sacerdote deveria exigir a demolição total da casa, inclusive lançando todo o entulho fora do arraial. E, toda pessoa que tivesse feito qualquer atividade dentro da casa seria imundo até a tarde, além do quê deveria lavar suas vestes evitando a contaminação e demonstrando desejo de purificação.
Em 6º lugar, nos vs.48-53 temos as regulamentações que consideravam a casa limpa. Nesses versos temos os procedimentos que deveriam ser tomados para se considerar uma casa limpa. Se depois da quarentena de 7 dias, após a visita do sacerdote e seu exame cuidadoso ele considerasse a casa livre da praga, o mesmo ritual de purificação que deveria ser feito com o ex-leproso, como vimos nos versos 4-7 deste capítulo, esse mesmo ritual deveria ser feito com a casa para que fosse declarada limpa. É... isso mesmo... você deve estar estranhando: por que fazer a expiação por uma casa? Ao responder essa questão temos que lembrar que os mesmos padrões de santidade que se aplicavam às tendas dos israelitas, enquanto estavam no deserto, deveriam também ser aplicados às moradias de alvenaria quanto estivessem na Palestina. E você se lembra também que esses padrões eram bem elevados. Qualquer sinal de imperfeição, impureza ou doença, num indivíduo, num animal, numa tenda, numa roupa, ou numa casa era símbolo de corrupção e tornava os israelitas indignos da presença de Deus. Por isso havia a necessidade de expiação até para uma casa.
O cap. termina e,...
Em 7º lugar, nos vs.54-57 finalmente encontramos um resumo editorial dessas regulamentações. A frase: “Esta é a lei de toda sorte de praga de lepra”, no v. 54 é uma recapitulação, é um resumo de toda a matéria que vimos nos caps. 13 e 14.
Querido amigo, você e eu vivemos numa velha casa aqui na terra: neste corpo que possuímos. Quando Deus criou o homem, inclusive, o seu corpo, ele disse que tudo era muito bom. Mas o pecado atingiu a humanidade e agora prejudica toda a vida do homem. Somos pecadores, pois a velha natureza ainda está presente em nós. A Bíblia nos diz que um dia receberemos um novo corpo, uma vida sem a velha natureza. Trocar a mobília ou a decoração não iria resolver o problema da praga na casa. Quando nós nos examinamos, devemos olhar para o nosso interior, para os nossos pensamentos, para os nossos impulsos pecaminosos, e não para as coisas aparentes. Mudar os nossos hábitos não irá resolver o problema do pecado. O que nós precisamos fazer é tratar do pecado no interior de nossas vidas. E o único remédio a ser aplicado para purificação é o sangue de Jesus. Você tem se purificado com o sangue de Jesus? Aproprie-se do lavar regenerador e purificador que o Senhor Jesus nos oferece.
Bom, chegamos ao final do nosso tempo de estudo.
Obrigado por sua companhia.
Escreva para nós e compartilhe sobre esse programa.
Que Deus te abençoe,
Um forte abraço.

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