Êxodo 16
Querido amigo estamos iniciando mais um programa da série Através da Bíblia. Você sabe que este programa tem por objetivo estudar a Palavra de Deus, comentando detalhadamente os seus diversos textos, no propósito de proclamar todos os desígnios de Deus para cada um de nós. Querido amigo você sabe que não existe no mundo livro que possa se comparar à Bíblia. O Deus santo fala por meio deste livro e usou homens para transmitir a Sua mensagem a todos nós. Tudo quanto Deus tinha a nos dizer, Ele disse por meio da Bíblia, por isso é importante estudá-la. Sobre o estudo da Bíblia recebemos uma carta de Acaraú, do estado Ceará de uma irmã que nos diz o seguinte: “Louvo a Deus por suas vidas, pela força de vontade em trabalharem no serviço do Senhor através de cursos e pela programação de radio. Conheci a RTM através da minha avó, ela não perdia um programa. Fiquei sabendo de uma senhora que ganhou uma Bíblia mas ignorou-a pois a achava volumoso e difícil. Um dia meio sem querer sintonizou o Através da Bíbla. Naquela hora ela pegou a Bíblia, procurou o livro indicado para ver se o pastor estava falando a verdade, e, a partir daquele momento ela passou a acreditar na Palavra de Deus, e tornou-se uma serva fiel. Que Deus os abençoe”. Querida irmã, obrigado por suas palavras. Queremos que você se sinta em unidade conosco. Esse é o nosso propósito, através desses estudos edificar muitos irmãos e amigos. Agora, convido-a para um momento sempre gratificante do nosso programa. Vamos orar! Junte-se a nós nessa oração: "Pai celestial, abençoa-nos nesta hora de estudo e meditação da Sua Palavra. Conceda a tua benção a todos os que nos ouvem. Senhor, pedimos que nos dê a iluminação do teu Santo Espírito. Pai querido, mesmo sem merecermos te pedimos essas bênçãos em nome de Jesus. Amém".
Querido amigo, estamos estudando o livro do Êxodo, examinando as experiências da nação de Israel, depois de deixarem o Egito, depois de atravessarem o Mar Vermelho, ao iniciarem a marcha em direção ao Monte Sinai. Estas experiências correspondem as experiências cristã. Em nosso último programa vimos que o povo saiu pelo deserto, depois de haver cantado o cântico de Moisés e viajaram três dias sem encontrarem água. E depois quando se depararam com água, era amarga. Foi em Mara. Depois puseram por orientação de Deus folhas ou galhos de uma determinada árvore dentro da fonte e a água ficou doce. Foi uma experiência bem interessante para o povo. Porque estando com sede, deram com uma fonte de água amarga, puseram a árvore dentro da fonte, a água ficou doce. Isto nos lembra que foi preciso que Jesus subisse ao madeiro, à cruz, para que pudesse transformar as nossas amargas experiências em experiências doces, agradáveis. Depois, o povo chegou num lugar chamado Elim, onde havia doze fontes e setenta palmeiras. Este lugar tão aprazível fala da vida cristã vitoriosa e frutífera. É isto o que Deus faz com os seus filhos. Ele sempre nos leva de Mara para Elim. Das águas amargas, para as águas doces.
Agora estamos começando o estudo do capítulo 16, que em 1º lugar nos mostra o deserto de Sim, mas também nos mostra a vinda do maná e das cordonizes, do v.1-10. Em 2º lugar esse capítulo nos mostra o envio das cordonizes, do v.11-22 e, em 3º lugar encontramos o povo de Israel recolhendo o maná, do v.22-36.
Em 1º lugar, portanto vamos analisar os versos 1 a 10. O texto dos versos 1-3 nos mostra que o povo de Israel, tendo saído de Elim foram para o deserto de Sim, a caminho do Monte Sinai. O trajeto já era de exatos 30 dias depois da saída do Egito, cf. nos informa o v.1, pois tinham saído do Egito no 15º dia do 1º mês, cf. 12.6, 29-31. Provavelmente, depois de uns dias em Elim onde puderam descansar, arrumar seus pertences, de sentarem-se à sombra das palmeiras e beberem água fresca, os israelitas, ainda sem terem a devida noção do que significava ser um povo livre, cf. o v.2, murmurou mais uma vez contra Moisés e Arão. Faltava-lhes carne. Reclamaram de modo duro cf. o v.3: "Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do Senhor! Morreríamos mas comendo carne e pão até nos fartar!".
Querido amigo, mesmo depois das manifestações divinas em seu favor, seguindo pelo deserto, uma nova dificuldade surgiu à sua frente. Faltou-lhe alimentação e mais uma vez a sua fé esmoreceu e murmuraram, arrependendo-se de terem saído do Egito. Você percebe quanta cegueira espiritual e quanta ingratidão? Por causa do desconforto do momento, por causa das dificuldades, por causa das circunstâncias falharam completamente em perceber a imensa vantagem de estarem sob a bênção de Deus e não sob a escravidão do Faraó.
Os versos 4-10 relatam que o Senhor disse a Moisés que faria chover pão do céu que o povo deveria recolher a cada dia, como prova se obedeceria ou não a Lei de Deus. Moisés e Arão disseram aos israelitas que diante do milagre de Deus eles teriam que saber de uma vez por todas que fora o Senhor quem os tirara da terra do Egito, e que pela manhã também veriam a glória do Senhor, cf. v.7.
Moisés também comunicou a toda congregação que o Senhor lhes daria carne ao entardecer e pão ao amanhecer, porque Deus tinha ouvido as suas murmurações que tinham feito contra Ele mesmo, explicando que quando murmuravam não estavam reclamando de Moisés ou de Arão, mas sim do próprio Senhor.
Querido amigo, temos uma declaração muito importante nestes versos: Deus ouve as murmurações. E Deus não se agrada das nossas murmurações. Deus. Existem hoje muitos crentes que estão lamentando e murmurando. Muitos murmuram e lamentam o tempo todo. Deus não se agrada de um cristão que vive o tempo todo murmurando, insatisfeito, criticando, lamentando, reclamando de tudo, da igreja, do culto muito longo, do louvor que só repete as mesmas músicas, do pastor que não o cumprimentou, que não o visitou, que demorou na pregação, enfim, Deus não se agrada daquele que se dizendo cristão só vivem murmurando, reclamando.
Querido amigo, os israelitas tinham muito mais disposição para reclamar das privações e dificuldades encontradas no caminho da liberdade, em que eram dirigidos por Deus, do que dos sofrimentos da escravidão quando estavam sob o domínio do Faraó.
E, no final desta primeira parte, no v. 10, depois de todas essas palavras, olhando para o horizonte, olhando para o deserto que tinham que atravessar. Ao invés de verem as dificuldades, Deus quis lhes dar outra visão. Deus quis estimulá-los, Deus quis encorajá-los e lhes revelou a Sua glória na nuvem. A coluna de nuvem que à noite iluminava o acampamento e durante o dia dava sombra aos israelitas era a visível e notória presença de Deus com o Seu povo. A glória do Senhor vista pelo povo era exatamente o sinal da sua presença com eles em todos os momentos. Desde cedo o povo podia ver Deus se revelando a eles, por bondade, misericórdia e graça. É assim que Deus trata os seus filhos.
Na 2ª parte deste capítulo, na seqüência do texto, os vs. 11-21 nos relatam o envio das cordonizes. No v.11 Deus disse a Moisés que sabia das murmurações de Israel e prometeu-lhes novamente que lhes enviaria carne e pão para que comessem até que se fartassem para saberem que Ele era o seu Deus. E no verso 13, à tarde vieram as cordonizes e cobriram o arraial. Embora, em outra ocasião, em Nm 11.31-34 as cordonizes foram enviadas por Deus como uma disciplina por mais uma murmuração dos israelitas. Aqui, essas pequenas aves migratórias, da família da perdiz que eram facilmente capturadas pois necessitavam pousar depois de um período de vôo, vieram como providencia abençoadora de Deus para com Israel. Normalmente elas vinham na corrente de vento oriental que acontecia próxima aos nossos meses de março-abril, exatamente no período pós páscoa. Já naqueles dias, cf. o historiador Heródoto, era um alimento muito apreciado pelos egípcios e, portanto já conhecido dos israelitas. E, ainda hoje é considerado um prato requintado e finíssimo. O alimento que Deus providenciou para o seu povo foi esse alimento de excelente sabor e aceitação.
Ainda o v.13 nos relata que na manhã seguinte depois de ser dissipado pelo Sol, o orvalho que cobria o arraial israelita deu lugar a uma substância fina e semelhante a escamas, fina como a geada. A surpresa era grande. A pergunta direta foi: O que é isto? E Moisés então pode explicar que esse era o pão que Deus lhes dava para o seu alimento. É isso... querido amigo, o Senhor nos supre em todos os momentos e de maneiras as mais maravilhosas possíveis. Jesus disse, muito tempo depois que Ele era o verdadeiro pão que descia do céu, enviado pelo Pai bondoso, cf. Jo 6.26-58. Jesus é o verdadeiro pão da vida! Você tem se alimentado dele? Ele, Jesus é sua fonte de vida? Ele já te deu a vida eterna?
Moisés nos vs. seguintes explica ao povo como e quanto recolher do pão celeste para que cada um tivesse o alimento necessário. A medida de um gômer é equivalente a quase 2 litros, exatamente 1 litro 760 miligramas, um pouco mais de um litro e meio. Essa era a quantidade necessária por pessoa. Moisés instruiu para que não o recolhessem e o deixassem para a manhã seguinte. Mas como estavam ainda com o coração fechados para uma fé plena e uma confiança total em Deus, alguns não deram ouvidos a orientação de Moisés e guardaram esse alimento, demonstrando a falta de fé e a preocupação com a alimentação futura. Qual não foi a surpresa desses, pois na manhã seguinte o que tinham guardado estava cheio de bichos, e cheirava mal. E finalizando essa 2ª parte do capítulo, cf. o v.20, a reação de Moisés não poderia ser outra, foi de indignação por essa teimosia e clara desobediência. E o v.21 conclui dizendo que manhã após manhã havia sempre o suficiente para todos se alimentarem com o quanto quisessem, pois vindo o calor do dia, tudo se derretia.
Querido amigo, mesmo diante das reclamações dos israelitas, da sua clara ingratidão, assim como nós o fazemos em nossos dias quando reclamamos mais das privações por servirmos ao Senhor do que das dificuldades da servidão a Satanás, quando em muitas ocasiões desejamos voltar ao Egito (vida mundana e de pecado) do que prosseguir no caminho da liberdade das bênçãos e das provisões divinas, o amor e a paciência de Deus são incomparáveis e se fazem presentes em nosso dia a dia. Para os israelitas Deus proporcionou as cordonizes e o maná. Deus demonstrou sua graça, que suplantava totalmente o trabalho escravo do Egito, dando-lhes uma alimentação já preparada, pronta para comerem. Durante os 40 anos, a cada manhã eles podiam estar certos de contar com a provisão divina. E, quanto a nós? É Paulo que responde e nos faz pensar: Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Cf. Rm 8.31-32. Sim, querido amigo. Não há como comparar o cuidado que Deus tem por nós! Cada uma de nossas necessidades, veja bem, das nossas necessidades!!! Sim, cada uma delas serão supridas, quando buscamos em 1º lugar o reino de Deus e a sua justiça. Você tem experimentado essa verdade em sua vida? Graças a Deus, eu, o prof. Itamir posso testemunhar que Deus tem sido fiel e eu e minha família, minha esposa e os 3 filhos temos experimentado a fidelidade do nosso bondoso Deus.
Mas, vamos em frente. Vamos analisar os versos 22 a 36. Como vemos, Deus garantia o maná para cada dia, para cada manhã. Cada israelita tinha de ajuntá-lo cada manhã. Era uma boa experiência pessoal, Cada um tinha que ajuntar o seu. Bem, o maná fala de Cristo que é o pão da vida. Isto é muito importante para estabelecermos aqui, antes de prosseguirmos. Vemos em João 6.32 que Jesus se apresenta como o verdadeiro pão do céu. O pão celeste que dá a verdadeira vida. O maná representa Cristo, que é o pão da vida, que proporciona vida ao mundo.
Querido amigo, dizem os especialistas que fazendo aquela jornada pelo deserto, sem uma dieta correta, pode sofrer-se muitas complicações. Doenças horríveis e perigosas surgem. Porém, o povo de Deus alimentou-se bem com o maná que era um complexo perfeito de vitaminas. Tudo quanto o organismo precisava para estar bem alimentado encontrava no maná. Era tudo quanto o povo precisava para o suprimento de todas as suas necessidades.
Nos versos 22-26 encontramos a orientação para se guardar e santificar o sábado como dia de descanso. Nem o maná deveria ser apanhado neste dia. Assim, vemos que as orientações sobre o sábado já haviam sido dadas aos judeus, antes do Monte Sinai, antes dos dez mandamentos, antes que viesse a lei.
Mas o v.27 no relata que alguns dentre o povo que não creram em Deus, saíram pela manhã do sábado para colher o maná mas não o encontraram. A reação divina foi a esperada, cf. o v.28-30: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis? Considerai que eu vos tenho dado no 6º dia pão para 2 dias, exatamente para que não o procureis no sábado! Em outras palavras: Será que vocês não entendem o que Eu, o Senhor desejo de vocês? Será que vocês não entendem que o sétimo dia estou lhes dando para o descanso, para a consagração?
Querido amigo, por que Deus agiu dessa maneira? Por que deu o maná na porção certa para cada dia? Por que Deus não o deu também no 7º dia? Mas o deu em dobro no 6º dia? Você sabe porque razão Deus agiu assim? Certamente Deus queria testá-los, Deus queria desenvolver a fé do seu povo. É... é assim que Deus age, mas alguns deles falharam no 1º teste. Mas, veja a maravilha, veja a bênção! Temos que perceber que Deus não somente providenciou alimento, e alimento da melhor qualidade, mas providenciou também descanso: "Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor", cf. as palavras do v. 23. E Deus é tão bondoso que não impôs dura e asperamente a observância do sábado, ao invés disso, deu graciosamente um dia, o sétimo, para que descansassem. Mas, alguns não entenderam, naufragaram na fé e foram procurar aquilo que não havia. Diante disso, podemos dizer, não houve alternativa senão transformar posteriormente esse descanso em Lei, no Monte Sinai.
Agora, chegando ao texto final do nosso estudo, nos deparamos, nos versos 31-36 com a narrativa que nos conta sobre o nome dado àquele alimento diário enviado do céu pelo Senhor. Cf. o v. 31 Israel deu-lhe o nome de maná, um nome sem tradução, porque era um alimento completamente desconhecido, um alimento miraculoso providenciado por Deus, semelhante a semente redonda do coentro, branco e saboroso como bolos de mel. Um alimento realmente divino.
Querido amigo, embora, alguns que não crêem nos milagres divinos e nas intervenções sobrenaturais de Deus para com aqueles que o temem tentem explicar a origem do maná é certo que o maná não pode ser algo natural, um alimento originado pela secreção de algum inseto da região, nem podia ser confundido com alimentos já conhecidos pelo menos por 5 razões: 1)a quantidade que vinha diariamente era a suficiente para que dele fartamente se alimentassem todos; 2)no 6º dia a quantidade vinha em dobro enquanto no 7º dia não vinha de forma alguma; 3)quando guardado de um dia para o outro cheirava mal e criava bichos, mas do 6º para o 7º dia isso não acontecia; 4)sendo que foi preservado na arca da aliança, cf. v.32-34 mostra que era algo realmente divino preparado e concedido ao seu povo; e, 5)o fato de durante 40 anos Israel se alimentar dele, que só cessou quando entraram na Palestina, cf. o v.35 realmente comprovam que esse alimento era algo especial preparado por Deus para o seu povo em todo o trajeto que tinha que fazer até a Palestina.
Querido amigo, o texto termina no v.36 que nos informa a medida e um gômer, a quantidade diária de maná que era suficiente para que se tivesse uma alimentação adequada. E essa foi a realidade de Israel durante a sua peregrinação de 40 anos. Como o nosso Deus é maravilhoso e bondoso.
Terminamos assim o nosso tempo de estudo agradecidos a você por sua companhia e a Deus por Sua capacitação.
Escreva-nos, por carta ou por e-mail, mas entre em contato conosco.
Que Deus te abençoe,
Um grande abraço.
© 2014 Através da Biblia
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