quinta-feira, 31 de julho de 2014

Através da Bíblia - Êxodo 13

Êxodo 13
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia" É com satisfação que chegamos até você para compartilhar os princípios da Palavra de Deus que temos aprendido através da experiência da libertação de Israel. Inicialmente temos registrado em nossos encontros as cartas que chegam de vocês compartilhando como tem sido a recepção programa e quais são as suas dúvidas e necessidades. Para nós é grande alegria podermos ter esse momento de comunhão. Registramos hoje a carta que vem da cidade de Curitiba capital do estado do Paraná. Essa nossa irmã nos dirige as seguintes palavras: "Hoje tive a felicidade de escrever para o Através da Bíblia, pois o ouço há bastante tempo, às vezes de madrugada, como hoje. Ele é luz em minha vida pois sou idosa, com 70 anos de idade. Sou uma pessoa feliz por ouvir esta emissora que transmite a Palavra de Deus. Um abraço fraternal". Querida irmã, que palavras gentis. Como é bom ouvirmos sobre o valor do programa. Louvamos a Deus que nos faz seus instrumentos. Mas, como é bom também ouvirmos um testemunho como esse, pois apesar da idade sempre é tempo de estudarmos a Palavra e conformarmos a nossa vida à vontade de Deus. O nosso Deus é maravilhoso! Como quer abençoar todo o Corpo de Cristo, nos usa como seus instrumentos. Por isso oramos dando graças a Deus. E, é exatamente isso que quero fazer agora e, para esse momento eu a convido. Vamos orar: "Senhor Deus e Pai, obrigado pelas tuas ações sobre todo o teu povo e sobre aqueles que tu ainda irás salvar. Obrigado porque nos usa como teus instrumentos para a edificação dos teus filhos. Senhor que através do programa de hoje muitos possam ouvir a tua voz e serem encorajados em sua vida cristã. Senhor, oramos e fazemos esses pedidos, em nome de Jesus, Amém!"
Querido amigo, hoje vamos estudar o capítulo 13 e nele encontramos a consagração dos primogênitos a Deus e as suas ações dirigindo e protegendo o seu povo no inicio da jornada.
Querido amigo, é importante entendermos que uma vez que os primogênitos israelitas tinham sido poupados milagrosamente, o Senhor instrui que eles lhe fossem consagrados. Mas, você saberia a razão dessa instrução, dessa ordem? A razão é que a redenção e a santidade de vida são inseparáveis. A quem o Senhor redime, Ele os quer para Si. Paulo, em outras palavras, expressa esse princípio em 1Co6.19-20. É importante que lembremos que fomos libertos da penalidade do pecado, estamos sendo libertos do poder do pecado e seremos libertos da presença do pecado, quando estivermos definitivamente na presença de Deus. É... essa libertação tem em vista a vida santificada. Uma vida consagrada a Deus. E por isso Deus requereu para Si a consagração dos primogênitos israelitas.
Em 1º lugar, no cp.13, nos versos 1-16 temos a consagração dos primogênitos a Deus. Nos versos 1-3 temos as palavras de Deus a Moisés, instituindo esta lei, esta ordenança: os primogênitos pertenceriam ao Senhor. Esta lei então estava associada à Páscoa em virtude da décima praga, que abateu os primogênitos do Egito e não afetou os primogênitos de Israel. Tal como as primícias da colheita, os primogênitos dos israelitas, tanto do povo como dos animais; "todo que abre a madre de sua mãe", expressão do v. 2, isto é, os primogênitos do ventre materno, deveriam ser dedicados ao Senhor. Nestes versos é apresentado o princípio, mas o detalhamento aparecerá a partir do v.12 e também em 22.29-30; e 34.19-20. E no v. 3 Moisés relembra a ordem de não se comer o pão fermentado porque o que se tinha em vista aqui era a vida santificada. Uma vida consagrada a Deus.
Querido amigo, você tem dedicado as primícias de tudo quanto ganha ou adquire ao Senhor? Você tem se lembrado de que tudo vem do Senhor? Reconheça e em gratidão ao que Ele tem feito por você consagre a Ele as primícias do que Ele mesmo te dá.
Na continuação do texto, dos versos 4 a 10 encontramos uma confirmação e a fixação do novo tempo para Israel. É o tempo da libertação. Como havíamos mencionado este mês abibe, o primeiro mês do calendário judaico que seria depois conhecido como mês de Nisã, refere-se ao período dos nossos meses de março e abril. A partir daquela data deveriam os israelitas durante sete dias comer pães asmos, isto é, pães sem fermento e no 7º dia haveria uma celebração ao Senhor. Lembrando que aqueles pães sem fermento indicavam uma vida pura e santa, sem pecados, ainda no 7º dia, durante esta celebração, os israelitas deveriam contar aos seus filhos os feitos maravilhosos e libertadores de Deus, quando Ele os livrou da escravidão do Egito. O verso 9 merece um destaque, pois a expressão "e será como sinal na tua mão e por memorial entre teus olhos" foi interpretado tão literalmente que deu origem ao uso dos tiphilin ou filactérios, isto é, duas fitas nas quais ficava presa uma caixinha com alguns textos da Lei mosaica e que eram fixadas no braço esquerdo e na testa. Nos dias de Jesus os religiosos judeus, querendo mostrar o seu respeito à Lei também tinham essa prática, e foram criticados por Jesus, pela exibição ostensiva de uma piedade apenas exterior, como vimos ao estudarmos Mt. 23.5.
Querido amigo, através dessa pratica condenada por Jesus, fica mais uma vez a lembrança de que religiosidade é bem diferente de espiritualidade. Religiosidade tem a ver com a nossa forma humana de tentarmos chegar até Deus. Tem a ver com a prática de ritos que fazemos e que nos dá certa segurança. Mas espiritualidade é muito mais do que isto. É a vida de intimidade, de devoção a Deus. É a vida que se desenvolve no secreto do quarto fechado, como disse Jesus em Mt. 6.6, mas que é vista e valorizada por Deus. Querido amigo, analisando a sua vida, você pode dizer diante de Deus que tem desenvolvido a espiritualidade ou ainda está apoiando a sua vida no desenvolvimento da religiosidade? Questione-se diante de Deus e, busque uma vida de profunda espiritualidade. E Deus, o pai, que vê em secreto te recompensará!
Mas, vamos voltar ao texto. Na seqüência, nos versos 11-16 novamente Moisés relembrou aos israelitas a ordem da consagração do primogênito a Deus. Precisamos entender verdadeiramente que tudo quanto temos, em 1º lugar, pertence a Deus. Pertence a Deus e não a nós. O que possuímos nos foi dado por Deus para o nosso uso e para a glória de Deus. Aliás, isto não é só para os judeus antigos, é para nós nos dias de hoje. Temos de oferecer a Deus o primeiro lugar em nossas vidas e oferecer a Deus sempre as nossas primícias. Mas, devemos cuidar também para que a nossa motivação seja correta. Se você contribui financeiramente com o reino de Deus e, de uma maneira rotineira, mecânica e automática der os 10% ou até uma porcentagem maior, sem o reconhecimento de que Deus é que deve ter toda a sua vida, então mesmo esta pratica correta não se tornará abençoadora para você. Devemos nos lembrar das palavras de Jesus em Mt. 23.23: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém fazer estas coisas, sem omitir aquelas!". Você percebe, querido amigo, o que Jesus está enfatizando? O que Ele quer, o que agrada a Deus é uma vida justa, misericordiosa e de confiança; uma vida interior que reflita espiritualidade e não uma vida exterior que reflita religiosidade, a prática de algum rito sem a motivação correta. Jesus nos ensina que devemos ter a motivação e o interior corretos afim de que a nossa adoração exterior reflita um interior transformado e seja aceita diante do Pai. Que grande desafio, não é mesmo? Querido amigo, só podemos viver dessa maneira, quando deixamos o Espírito Santo conduzir o nosso viver. Que Deus nos abençoe!
Assim, oferecer a Deus os primogênitos era uma bênção muito grande para o povo de Israel. Não era a mesma coisa que oferecer aos deuses egípcios. Quando oferecemos a Deus o primeiro lugar das nossas vidas, quando damos a Deus o nosso primogênito, certamente alegramos o coração do Pai.
Voltando ao texto, destaca-se também as palavras do v.13. É necessário compreendermos bem essas palavras: A jumenta era considerado um animal imundo por não ser ruminante e nem ter as unhas fendidas, cf. veremos em Lc.11.2-7. Diante disso não poderia ser oferecido em sacrifício. As possibilidades eram: matar o jumentinho ou resgatá-lo através do sacrifício de um cordeiro, cf. Êx 34.20 e Nm 18.15. Se não fosse substituído por outro animal deveria ser desnucado, isto é, deveria ser morto sem derramamento de sangue.
E, o verso 15 destaca-se por demonstrar que os filhos primogênitos foram poupados somente através do sangue do cordeiro pascal. E nas gerações subseqüentes também seriam remidos, ou através da vida consagrada dos levitas, escolhidos por Deus em lugar dos primogênitos de todo o Israel, ou através do preço da redenção de cinco siclos (Nm 3.46-51). E finalizando esta primeira parte, a orientação do v.9 é repetida no v.16.
Na 2ª parte do texto, dos vs. 17 a 22 encontramos um relato muito singelo de como Deus dirigiu o povo de Israel nesses primeiros passos de liberdade.
O verso 17 diz assim: "Tendo Faraó deixado ir o povo, Deus não os levou pelo caminho da terra dos filisteus, posto que mais perto, pois disse: Para que porventura, o povo não se arrependa vendo a guerra e tornem ao Egito". Querido amigo, podemos ver aqui como Deus age com o seu povo, como Deus conhecendo a fraqueza do seu povo, mostra a ele um rumo diferente, embora fosse um caminho mais longo, era um caminho mais suave e livre de perigos. Pela terra dos filisteus era muito mais próximo, seria uma jornada de poucas semanas até a Palestina, Canaã, a terra prometida, se evitaria uma longa caminhada, uma longa distância, porém Deus orientou o seu povo pelo caminho mais longo, porque nem sempre o caminho mais curto é o melhor. É que o povo de Deus, o povo de Israel estava saindo da escravidão e não tinha nenhuma condição para lutar. Os filisteus certamente declarariam guerra contra eles, se eles passassem pelo seu território. Era uma batalha certa. Deus então mostra ao seu povo um novo caminho embora fosse o caminho mais longo. O texto diz aqui que o povo poderia voltar para o Egito, caso tivesse que se confrontar com os filisteus. E era este retorno que Deus não queria por hipótese alguma. Você que me ouve agora, você sabia que Deus nos tem dirigido sempre pelos caminhos menos perigosos embora nem sempre sejam os caminhos mais curtos? Deus é bom para com o seu povo. Alguém poderia dizer que para se confrontar com os filisteus, o povo de Israel poderia contar com os grandes recursos sobrenaturais de Deus como contou no Egito. Sim, Deus poderia fazer grandes milagres entre os filisteus. Porém, amigo, precisamos acabar definitivamente com esta idéia de que Deus anda fazendo milagre por aí, por toda a parte, mesmo onde não é necessário. A Bíblia é muito clara em mostrar que aquilo que podemos fazer Deus não o faz. Muitos por aí estão pedindo e querendo que Deus faça milagres na sua vida a qualquer preço. Se chega uma doença, então se quer milagre, se defronta-se com um problema, então Deus tem que fazer algo sobrenatural, e ainda exigem, dizendo que reivindicam, que decretam, que exigem da parte de Deus uma ação sobrenatural. Mas, não é assim, não é assim que devemos nos comportar. Não é assim que procede aquele que confia na direção de Deus em sua vida. Deus pode fazer milagres, mas onde Deus quiser e quando Ele quiser. Não acontecerá quando nós quisermos ou planejarmos. Mas isto não significa também que Deus só nos ajuda quando opera um milagre. Esse é outro erro drástico. Temos crentes que só são crentes se virem Deus fazendo algo espetacular, algo sobrenatural. Não. Não é assim! A presença de Deus em nossas vidas é constante. A sua intervenção é permanente, dirigindo-nos, guiando-nos, protegendo-¬nos, guardando-nos. Deus está sempre presente, ele está conosco. Aqui o povo poderia fazer uma jornada mais longa, mas isto evitaria o confronto com os filisteus, e não era preciso que Deus fizesse milagre algum. Deus faz aquilo que o homem não pode fazer. Se Deus fosse fazer milagre todas as vezes que nós achamos que ele deve fazer, milagre deixaria de ser milagre. As suas ações sobrenaturais em nossas vidas são feitas em determinadas circunstâncias quando Deus mesmo sabe, e escolhe e não quando nós queremos. Muitos estão esperando pelos milagres de Deus quando já deveriam ter executado a obra por meio dos próprios recursos que Deus já lhes deu contando com a própria presença e direção de Deus. Querido amigo, certamente não foi apenas para evitar o confronto entre os israelitas e os filisteus, que Deus os dirigiu pelo caminho mais longo. Deus tinham marcado um encontro com Israel no monte Sinai, cf. 3.12 e com certeza por esta razão foi dirigindo o seu povo para aquele encontro memorável. O verso 18 continua: "Porém Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto perto do mar Vermelho; e, arregimentados subiram os filhos de Israel do Egito". Essa expressão "arregimentados" merece uma explicação. Os filhos de Israel saíram da terra do Egito arregimentados, mas isto não quer dizer que eles saíram arregimentados para a guerra, não quer dizer que eles estivessem prontos para lutar contra os filisteus ou contra qualquer outro povo, não. Eles saíram organizados, obedecendo uma ordem, eles saíram organizados, como já dissemos anteriormente. Saíram em coluna por cinco. Não era uma multidão desorganizada e confusa. Todos eles estavam dentro de uma disciplina, dentro de uma ordem. Quem avistasse o povo andando assim numa forma organizada, numa formação militar, em colunas, teria a impressão de que se tratava de um dos mais poderosos exércitos, mas não era um povo preparado para lutar, mas sim para andar pelo deserto, para vencer as distâncias do deserto. Mas, ainda no v.18 vale a pena ressaltar que a expressão Mar Vermelho que refere-se ao local da travessia, embora a expressão literal seja "Mar dos Juncos" provavelmente era a extensão norte do Golfo de Acaba, cf. 1Rs 9.26, o Golfo de Suez, ao sul do atual porto de Suez. E, prosseguindo chegamos ao verso 19 que relata algo muito significativo. Israel ao sair do Egito cumpriu a promessa que as antigas gerações fizeram ao patriarca José. Ao sair do Egito os ossos, os restos mortais de José foram tirados do Egito para serem levados para a terra prometida; para Canaã.
José era um homem de fé. Ele sabia que passado algum tempo ele não seria mais lembrado, mas sobre tudo ele fizera esse pedido porque cria que a vida não se limitava apenas a essa existência terrena. Ele cria na ressurreição dos mortos. Mas, deixe-me perguntar: você também crê assim? Você crê na 2ª vinda de Cristo? Você que será ressuscitado com Jesus? Se você tem a Jesus como seu Salvador e Senhor, pode estar seguro da sua ressurreição e da sua vida eterna com Jesus!
E, finalizando o estudo de hoje encontramos nos versos 20-22 o cuidado paternal de Deus sobre o seu povo. O Senhor ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; e, durante a noite, numa coluna de fogo, para os alumiar afim de que caminhassem de dia e de noite, e estas colunas de nuvem e fogo nunca se afastaram do povo enquanto não chegaram na Terra Prometida.
Assim é possível ver o amor e o cuidado especial que Deus teve para com o seu povo de Israel. Depois de haver feito tantos milagres no Egito, afim de libertar o seu povo, aqui está Deus novamente protegendo o seu povo por meio de uma coluna de nuvem durante o dia para proporcionar sombra e por meio de uma coluna de fogo durante a noite para iluminar o caminho do seu povo era algo.
Querido amigo, você percebe como vale a pena fazer parte do povo de Deus? É isso mesmo, Deus está sempre atento ao nosso caminhar e mesmo que não vejamos ações espetaculares, mesmo que não vejamos algo sobrenatural podemos ter certeza da presença, do cuidado, da proteção e da direção de Deus sobre nossas vidas.
Finalizamos o nosso programa com gratidão a Deus e a voce por sua companhia.
Anote o nosso endereço e escreta para nós.
Um forte abraço e que Deus continue te abençoando.

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