quarta-feira, 30 de julho de 2014

Através da Bíblia - Rute 4

Rute 4
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Você sabe que este programa tem por propósito estudar toda a Palavra de Deus. Um projeto como esse requer muito tempo, perseverança e fidelidade. Hoje de modo especial estamos contentes, pois concluímos o estudo de mais um livro bíblico, o livro de Rute. No próximo programa estaremos iniciando o estudo de Atos dos Apóstolos. Serão 35 programas em que estudaremos o início e a expansão da igreja. Veremos a obra divina através do Espírito Santo. Será muito edificante. Por isso queremos incentivá-lo a continuar firme nesse propósito e caminhar conosco na conquista desse objetivo. A sua companhia é importante, pois através da sua comunicação sabemos como chegamos até você e qual a validade dos estudos. E, você sabe que só conseguimos essas informações quando você nos escreve compartilhando suas experiências e apresentando os seus motivos de oração. Para nós é gratificante podermos dividir com tantos irmãos e amigos as nossas vidas. Hoje, registramos o email do ABM de Curitiba PR, que nos enviou as seguintes palavras:"Querido irmão Itamir Neves após ouvir mais um estudo bíblico aqui em Curitiba senti o desejo de manifestar minha gratidão primeiramente a meu Deus, pai de meu Senhor e Salvador Jesus, depois pela sua vida e também do Pr. Davi Nunes que o antecedeu. Os queridos irmãos fazem parte da minha vida e quero dizer que são objetos das minhas orações a Deus”. Querido irmão, agradecemos as suas palavras. Eles soam como um incentivo para nós e nos motivam a estudarmos com maior profundidade a Palavra de Deus para transmiti-la de uma modo cada vez mais fácil de ser entendida. Por isso é que oramos pedindo a bênção de Deus a cada início de programa. Vamos orar: "Senhor Deus colocamos as nossas vidas diante do Senhor, dependo da sua misericórdia. Pedimos a iluminação do teu Espírito para que a Tua palavra seja compreendida por todos nós. Oramos em nome de Jesus. Amém!"
Querido amigo hoje o nosso alvo é estudarmos o capítulo quatro do livro de Rute. Estamos finalizando este estudo e já no próximo programa estudaremos as questões introdutórias relativas ao livro dos Atos dos Apóstolos. Espero que você já tenha lido alguns capítulos de Atos e tenha convidado outras pessoas para participar com você desse estudo que iniciaremos no próximo programa.
Mas, voltando ao livro de Rute, chegamos àquele momento em que essa bonita história de amor chega ao seu final. Esse amor romântico foi descrito de forma muito especial, mostrando-nos como Deus se envolve também nessa área de nossas vidas. O livro foi descrevendo esse relacionamento entre um homem e uma mulher de modo elegante e delicado. Assim como em Cantares de Salomão temos esse mesmo assunto, que posteriormente estudaremos, aqui no livro de Rute vemos como essa gentia moabita conquistou o coração desse israelita íntegro e fiel a Deus. Durante a história narrada percebemos como Rute experimentou uma profunda transformação espiritual ao ser atraída para a família de Deus através do testemunho e do comportamento de sua sogra Noemi. Rute escolheu deixar a sua família e os seus deuses e fazer parte de uma nova família e servir ao único Deus verdadeiro. Ao adotar a família de Deus, Deus a adotou também na Sua família. Ao demonstrar fé e confiança mesmo em meio às dificuldades da viuvez e da pobreza, Deus em sua providência recompensou-a com a segurança e o cuidado protetor de um marido fiel e honesto. E o ponto máximo dessa história se vê neste capítulo que estudaremos hoje, quando enfim o casamento entre Rute e Boaz é celebrado e a fruto desse amor é recebido da parte de Deus. O nascimento de Obede, avó de Davi, tornou Rute, bisavó desse grande rei de Israel, um homem segundo o coração de Deus. Mas, mais do que isto, através de Davi, Rute a moabita, fez parte da genealogia do Senhor Jesus Cristo. É de fato um final feliz, para uma história de fé e amor!
Muito bem, diante dessas colocações, para este capítulo final sugiro o seguinte título: Uma vitoriosa história de vida, ou A alegria de Rute. O conteúdo deste capítulo quatro é muito significativo, pois através dele percebemos como Deus atendeu a fé de Noemi e de Rute, concedendo a elas vitórias marcantes em suas vidas. Esse conteúdo nos desafia também e através dessa afirmação podemos aplicá-lo às nossas vidas: Somente através da obediência às leis divinas experimentamos a vitória em nossa história de vida. E quando analisamos este texto encontramos cinco aspectos da obediência que nos faz experimentar a vitória em nossas histórias de vida.
O 1º aspecto da obediência é agirmos corretamente com os deveres e direitos que a lei nos concede, vs. 1-5. Aqui vemos Boaz apresentando o caso a quem tinha direito.
[4:1 Boaz subiu à porta da cidade e assentou-se ali. Eis que o resgatador de que Boaz havia falado ia passando; então, lhe disse: Ó fulano, chega-te para aqui e assenta-te; ele se virou e se assentou. 2 Então, Boaz tomou dez homens dos anciãos da cidade e disse: Assentai-vos aqui. E assentaram-se. 3 Disse ao resgatador: Aquela parte da terra que foi de Elimeleque, nosso irmão, Noemi, que tornou da terra dos moabitas, a tem para venda. 4 Resolvi, pois, informar-te disso e dizer-te: compra-a na presença destes que estão sentados aqui e na de meu povo; se queres resgatá-la, resgata-a; se não, declara-mo para que eu o saiba, pois outro não há senão tu que a resgate, e eu, depois de ti. Respondeu ele: Eu a resgatarei. 5 Disse, porém, Boaz: No dia em que tomares a terra da mão de Noemi, também a tomarás da mão de Rute, a moabita, já viúva, para suscitar o nome do esposo falecido, sobre a herança dele.]

Começamos esse relato com um detalhe interessante. Buscar os nossos direitos não é errado. Quando a lei nos dá essa possibilidade é correto usufruirmos desses direitos. Temos que nos lembrar, entretanto que no relacionamento com irmãos é preferível sofrer o dano, do quê levar um outro cristão à um tribunal pagão (1Co 6.1-8). Naquela situação eram dois homens do povo de Deus que não estavam reclamando ou brigando na justiça. Apenas Boaz resolveu abrir a possibilidade do outro resgatador exercer o seu direito e então apresentou o caso diante das autoridades estabelecidas. Vamos examinar essa ação de Boaz. Ele procurava se desembaraçar dos problemas para conseguir total direito de casar-se com Rute. Boaz foi à porta da cidade e ali se sentou. Isso, porque as portas das cidades naqueles dias eram os locais em que se acertavam publicamente os negócios. A porta de Belém, como de outras cidades era o local oficial onde eram tratados os assuntos mais importantes das pessoas. Era o lugar onde se tratava dos assuntos que hoje nós resolvemos nos cartórios. Os assuntos eram tratados ao modo da época. Uma outra razão pela qual Boaz foi à porta da cidade, foi porque era ali o lugar certo para se encontrar com o seu parente, com quem tinha de tratar do assunto do direito de resgatar a Rute. Mais cedo ou mais tarde ele teria de passar por ali, porque numa cidade murada, todos têm que entrar e sair pela mesma porta. Boaz sabia que seu parente estaria no campo e que ele ou entraria ou sairia da cidade durante aquele dia, por isso resolveu sentar-se e esperá-lo ali. Os negócios que hoje são resolvidos nos cartórios, ou diante da justiça, eram tratados nos tempos antigos numa praça ou num lugar estratégico da cidade, como aconteceu com Débora que julgava esses assuntos debaixo de uma palmeira, entre Ramá e Betel (Jz 4.5). Às vezes uma pessoa especializada, ou quem melhor entendia sobre esses assuntos, se estabelecia num determinado lugar e o povo para lá se encaminhava para resolver suas pendências. Boaz sentou-se à porta da cidade de Belém, esperando ansiosamente pelo seu tio. Embora, o nome desse tio não apareça aqui, o texto diz que quando o resgatador ia passando Boaz então lhe chamou convidando-o para assentar-se. Esse tio atendeu o convite e assentou-se. O tio deve ter ficado intrigado pensando sobre o que Boaz queria lhe falar num local oficial como aquele. Era tempo de colheita e todos estavam muito ocupados nessa atividade. O tio sentou-se e esperou pela palavra de Boaz.
Aqueles dez anciãos que também se sentaram representavam a corte, a justiça. Eles iriam testemunhar da decisão. Boaz apresentou o assunto dizendo que aquela parte da terra que era de Elimeleque, Noemi sua viúva queria vender. Tratava-se de uma propriedade que Elimeleque, marido de Noemi, provavelmente havia vendido, pois tinha saído do país e depois morrera. Eles perderam essa propriedade, mas tinham o direito de resgatá-la. Boaz, ou o seu tio, poderiam resgatá-la, de acordo com a lei. E Boaz continuou informando o resgatador da possibilidade de comprá-la. Se o tio não quisesse Boaz queria resgatá-la. O tio concordou com a proposta e disse que a compraria, que a resgataria (4). Até aquela altura dos acontecimentos nem Noemi nem os dois parentes tinham conversado a respeito daquela propriedade.
Porém, quando Noemi viu que Boaz estava interessado e amando Rute, então aconselhou sua nora a reclamar aquele direito de Boaz. Boaz estava interessado em Rute, mas ele desejava também resgatar a propriedade. Mas, como outra pessoa tinha o direito, então Boaz foi honesto e lhe ofereceu o direito de resgatar a propriedade. Com a resposta positiva do tio o coração de Boaz deve ter ficado mais acelerado. O ideal era que o tio não se interessasse pelo negócio. Então, para conquistar o seu objetivo de ficar com Rute Boaz teve que usar de outra estratégia. Disse ao tio resgatador que se ele comprasse a propriedade ele teria que também tomar Rute, a viúva moabita, como esposa, para suscitar o nome de Malom, o esposo falecido, conforme a lei de Dt 23.3. Boaz foi correto e honesto na apresentação do quadro completo, mas sem dúvida ele foi ousado, oferecendo a possibilidade a quem tinha o direito.
O 2º aspecto da obediência é saber apresentar as nossas questões de modo inteligente, vs. 6-8. Aqui vemos o outro parente de Boaz recusando o direito de resgate.
[6 Então, disse o resgatador: Para mim não a poderei resgatar, para que não prejudique a minha; redime tu o que me cumpria resgatar, porque eu não poderei fazê-lo. 7 Este era, outrora, o costume em Israel, quanto a resgates e permutas: o que queria confirmar qualquer negócio tirava o calçado e o dava ao seu parceiro; assim se confirmava negócio em Israel. 8 Disse, pois, o resgatador a Boaz: Compra-a tu. E tirou o calçado.]
Querido amigo, aqui podemos constatar como a lei não resolve todas as questões. Simbolicamente essa é a confissão da lei. E como diz o apóstolo Paulo a lei não pode nos resgatar, não pode nos justificar (Rm 3.20). Só o nosso supremo resgatador, o Senhor Jesus Cristo é que nos pode comprar, nos pode resgatar. Mas, voltando ao livro de Rute, esse resgatador, tio de Boaz recusou a oferta. Esse parente próximo, o tio de Boaz, confessou que não podia resgatar a propriedade, nem a Rute. Ele tinha família, tinha filhos, e a esposa e os filhos não iriam aceitar esse casamento com uma mulher moabita. Foi isto que o resgatador quis dizer, com estas palavras: [Para mim não a poderei resgatar, para que não prejudique a minha (6).] Agora sim! Era exatamente isto que Boaz queria ouvir. Seu coração deve ter ficado aliviado e muito alegre quando ouviu estas palavras do seu tio. No verso 7 notamos um costume bem estranho que se praticava em Israel e a observação de que esse era um costume antigo, nos faz confirmar que essa história deve ter ocorrido bem cedo na época dos juízes, e que o livro foi escrito bem depois, no final da vida de Samuel. Conforme a Biblia de Estudos NVI: “O processo de renunciar aos direitos de propriedade e de passá-los a outrem era ratificado publicamente tirando-se uma sandália e transferindo-a ao novo dono” (2003, p.411). Tendo em vista a cessão dos seus direitos a um parente próximo e lembrando que pisar o solo significava tomar posse de uma propriedade (Dt 11.24; Js 1.3), tirar a sandália e entregá-la a outra pessoa simbolizava a transferência de propriedade ou da posse. E foi isso que o tio resgatador fez. Ele passou o direito do resgate para Boaz. Boaz foi inteligente, esperou pacientemente o desfecho e por fim recebeu aquilo que tanto esperava, isto é, a oportunidade de ficar com Rute, e ainda mais, resgatou também a propriedade de Noemi. Quando obedecemos a Deus, quando dependemos dos seus princípios e usamos a inteligência que Ele mesmo nos concede, recebemos Dele aquilo que tanto desejamos.
O 3º aspecto da obediência é oficializar a bênção que a lei nos concede, vs. 9-12. Aqui vemos a oficialização do casamento de Boaz com Rute.
[9 Então, Boaz disse aos anciãos e a todo o povo: Sois, hoje, testemunhas de que comprei da mão de Noemi tudo o que pertencia a Elimeleque, a Quiliom e a Malom; 10 e também tomo por mulher Rute, a moabita, que foi esposa de Malom, para suscitar o nome deste sobre a sua herança, para que este nome não seja exterminado dentre seus irmãos e da porta da sua cidade; disto sois, hoje, testemunhas. 11 Todo o povo que estava na porta e os anciãos disseram: Somos testemunhas; o SENHOR faça a esta mulher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Lia, que ambas edificaram a casa de Israel; e tu, Boaz, há-te valorosamente em Efrata e faze-te nome afamado em Belém. 12 Seja a tua casa como a casa de Perez, que Tamar teve de Judá, pela prole que o SENHOR te der desta jovem.]
Aplicando novamente o simbolismo, uma vez que o tio de Boaz representava a lei, qualquer outro sistema religioso ou as obras humanas que poderiam justificar o pecador diante de Deus e, sendo-lhe impossível justificar, o homem que depende dessas maneiras não consegue aproximar-se de Deus, que é santo. Sim! Todas essas maneiras são ineficazes, incapazes e deficientes. Se Rute fosse depender do tio de Boaz ficaria desprotegida. O homem, o pecador, que depende da lei, das obras, dos méritos pessoais, ou das religiões para se salvar, está desprotegido, está irremediavelmente perdido. Quando o tio resgatador tirou sua sandália e entregou a Boaz, entregou-lhe também o direito de ser o resgatador. Boaz então se tornaria o único a poder resgatar a propriedade e Rute.
Boaz então convocou o testemunho dos anciãos que a tudo assistiam. Boaz assumiu a responsabilidade por comprar tudo o que pertencia a Elimeleque, a Quilion e a Malom. Mas, conforme o v.10, ele assumiu o que Rute mesmo esperava e ele também desejava. Certamente ele ficou de pé, e com a voz impostada, como certa emoção no coração pronunciou as seguintes palavras: [...tomo por mulher Rute, a moabita, que foi esposa de Malom, para suscitar o nome deste sobre a sua herança, para que este nome não seja exterminado dentre seus irmãos e da porta da sua cidade; disto sois, hoje, testemunhas (10).] Oficialmente Boaz assumiu o casamento com Rute! E, assim diante desse compromisso as pessoas que estavam à porta e os anciãos confirmaram as palavras de Boaz e logo impetraram uma benção sobre o futuro casal. As palavras finais do verso 11 e do verso 12 eram a bênção que a comunidade desejava ao novo casal. Os nomes citados eram significativos: Lia e Raquel foram as esposas de Israel e mães de muitos dos seus filhos, as tribos israelitas. Perez era ancestral de Boaz; que Tamar dera a Judá, através de uma união por levirato (Gn 38.27-30), então era um modelo adequado para a bênção do novo casal. E, com essas palavras abençoadoras o escritor preparava também o leitor para aquilo que iria registrar dentro de poucos versos quando apresentaria a genealogia de Davi (4.18-22). Querido amigo como temos notado desde o início Boaz era um homem piedoso e uma alma grandiosa. A um homem assim, não faltaram apreciadores desejando os melhores votos de felicidade. A união de Boaz com Rute era uma bênção para quem tinha obedecido fielmente a lei de Deus.
O 4º aspecto da obediência é experimentar a bênção divina da frutificação, vs. 13-17. Aqui vemos o abençoado nascimento de Obede.
[13 Assim, tomou Boaz a Rute, e ela passou a ser sua mulher; coabitou com ela, e o SENHOR lhe concedeu que concebesse, e teve um filho. 14 Então, as mulheres disseram a Noemi: Seja o SENHOR bendito, que não deixou, hoje, de te dar um neto que será teu resgatador, e seja afamado em Israel o nome deste. 15 Ele será restaurador da tua vida e consolador da tua velhice, pois tua nora, que te ama, o deu à luz, e ela te é melhor do que sete filhos. 16 Noemi tomou o menino, e o pôs no regaço, e entrou a cuidar dele. 17 As vizinhas lhe deram nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E lhe chamaram Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi.]
É muito interessante como o autor do livro nos apresenta essa bênção obtida por Boaz e Rute. O salmo 127.3 nos diz que os filhos são herança do Senhor. E, de fato, Boaz e Rute tiveram essa bênção da parte de Deus. Obede foi um presente de Deus para o casal Rute e Boaz. Mas, o que se destaca nos versos 14-15 são as palavras que as vizinhas, as amigas, dirigiram a Noemi. Embora a bênção primeiramente pertencesse ao casal, as mulheres da comunidade viram no nascimento de Obede a benção de Deus alcançando também Noemi, que não tinha tido a oportunidade até aquela momento de ter um neto em seus braços. O significado era muito especial. As mulheres entenderam que o nenê daria prosseguimento à linhagem de resgatadores, sendo a responsabilidade passada de uma geração à outra. As mulheres viram na criança uma esperança de que a vida de Noemi fosse renovada e assim na sua velhice ela teria o sustento daquele que nascera. Talvez os parentes de Noemi fossem pobres e nada pudessem fazer por ela. Porém, agora as condições seriam completamente diferentes. As mulheres de Belém procuraram Noemi para se congratular com ela, pelas grandes vitórias que estava alcançando. De modo muito marcante as mulheres celebraram o amor de Rute por Noemi reconhecendo que nem o amor de sete filhos suplantaria o cuidado e o desvelo que Rute lhe tinha dedicado. Embora, muitos vejam na relação com suas sogras um relacionamento problemático, mais uma vez se proclamou que a relação entre Rute e Noemi fugia completamente desse padrão. Ao ser descrita como alguém melhor do que sete filhos numa cultura onde os filhos eram tidos como benção, como herança do Senhor, Rute recebeu o melhor de todos os elogios.
E, assim se comprovava também que Deus não desampara as viúvas. Rute e Noemi eram duas mulheres que confiaram em Deus. Eram mulheres de oração e de fé e por isso foram abençoadas.
Certamente, o nascimento do bebe foi uma festa para a comunidade, a tal ponto, que as próprias vizinhas deram nome ao pequenino, dizendo: A Noemi nasceu um filho, e lhe chamaram Obede! Noemi que retornara de Moabe como Mara, a amarga, voltava a ser Noemi, a graciosa, a amiga. Quando obedecemos a lei de Deus Ele nos abençoa com a frutificação!
O 5º aspecto da obediência é experimentar a realização de algo que supera a nossa própria existência, vs. 18-22. Aqui vemos a concretização do plano divino, a genealogia de Davi. [18 São estas, pois, as gerações de Perez: Perez gerou a Esrom, 19 Esrom gerou a Rão, Rão gerou a Aminadabe, 20 Aminadabe gerou a Naassom, Naassom gerou a Salmom, 21 Salmom gerou a Boaz, Boaz gerou a Obede, 22 Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi.]
O livro termina com um esboço da genealogia, da linhagem do rei Davi, e consequentemente da linhagem do Messias como uma antevisão da plena redenção que temos em Jesus Cristo. O autor chama a atenção para o elo vital da cadeia, no qual Boaz, o israelita (hebreu) e Rute, a gentia (moabita) uniram-se para compartilhar da ascendência de Davi, por meio de quem viria o Senhor Jesus. Rute, a nossa heroína decidiu com coragem e objetividade e foi por isso recompensada: a terra que escolheu lhe trouxe fartura, lhe trouxe um marido piedoso e um filho dado por Deus. Mas, a recompensa maior foi tornar-se ancestral do Senhor Jesus. Essa é a bênção de quem obedece às leis de Deus!
Bom, chegamos ao final de mais um tempo de reflexões e concluímos o estudo de mais um livro bíblico. Ao concluirmos o estudo do livro de Rute agradecemos a Deus pela iluminação do Espírito Santo que nos ajudou na interpretação desse conteúdo. Espero que você tenha sido desafiado por essas lições e peço a Deus que te capacite a aplicá-las em sua vida diária.
Obrigado por sua companhia e, fico aguardando a sua carta, seu email ou um recado no orkut.
Que o Senhor Deus te abençoe,
Um grande abraço.

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