segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A verdadeira espiritualidade...


A verdadeira Espiritualidade Tem as seguintes características no capítulo 4 e 23 do evangelho segundo escreveu João:

1. A verdadeira Espiritualidade prioriza um espírito verdadeiro...

2. A verdadeira Espiritualidade não espiritualiza o lugar da adoração a Deus...

3. A verdadeira Espiritualidade é transcendente, pois ronpe os limites do tempo e do lugar e não à lugar específico para adoração todo lugar é lugar para adorar a Deus.

4. A verdadeira Espiritualidade ronpe os preconceitos religiosos e raciais... Vs 7-4

7 Então veio uma samaritana tirar água. E Jesus lhe disse: Dá-me um pouco de água.
8 Pois seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.
9 Disse-lhe, então, a mulher samaritana: Como tu, um judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? Pois os judeus não se davam bem com os samaritanos.

5. A verdadeira Espiritualidade não e partidária...

6. A verdadeira Espiritualidade não trabalha para se promover...

7. A verdadeira Espiritualidade não é contenciosa...

8. A verdadeira Espiritualidade  não é incomunicável...

9. A verdadeira Espiritualidade  não procura atalhos para os relacionamentos imterpessoais...

10. A verdadeira Espiritualidade  vai além da reputação...

11. A verdadeira Espiritualidade  é pura com o sexo oposto...

12. A verdadeira Espiritualidade  é qualitativa e não quantitativa...

13. A verdadeira Espiritualidade não confunde o natural com o espiritual...

14. A verdadeira Espiritualidade revela a nossa condição espiritual...

15. A verdadeira Espiritualidade  é contagiante...

16. A verdadeira Espiritualidade é insistente...

17. A verdadeira Espiritualidade  é acolhedora...

sábado, 16 de agosto de 2014

Através bíblia - Deuteronômio 34.1-12

Deuteronômio 34.1-12
Querido amigo estamos iniciando mais um programa da série Através da Bíblia. Você sabe que este programa tem por objetivo estudar a Palavra de Deus, comentando detalhadamente os seus diversos textos, no propósito de proclamar todos os desígnios de Deus para cada um de nós. Querido amigo você sabe que não existe no mundo um livro que possa se comparar à Bíblia. O Deus santo que ainda fala usou homens santos, isto é, separados, para registrar a Sua mensagem a todos nós. Tudo quanto Deus tinha a nos dizer, Ele disse por meio da Bíblia, por isso é importante estudá-la. Sobre os nossos estudos bíblicos recebemos um e-mail do NF de Curitiba PR com as seguintes palavras: “Na região de Foz de Iguaçu tem alguma rádio que transmite o Através da Bíblia? Tenho parentes lá e gostaria de divulgar. Ouço todos os dias os estudos do Pr. Itamir junto com minha mãe. Aprendo com ele. Que o Deus de Abraão os abençoe a todos”. Querido irmão, obrigado por suas palavras. Como já te respondi, queremos que você se sinta em unidade conosco. Esse é o nosso propósito, através desses estudos edificar muitos irmãos e amigos. Agora, convido-o para um momento sempre gratificante do nosso programa. Vamos orar! Junte-se a nós nessa oração. Vamos agradecer a Deus por terminarmos os estudos em Deuteronômio e vamos pedir a sua bênção para este programa: "Pai celestial, abençoa-nos nesta hora de estudo e meditação da Sua Palavra. Dê a tua benção a esse irmão de Curitiba, aos seus parentes que estão em Foz de Iguaçu e a todos os que nos ouvem nesse momento. Pai obrigado por completarmos os estudos em Deuteronômio e abençoa-nos nos estudos em Josué. Senhor, também te pedimos que nos dê a iluminação do teu Santo Espírito. Pai querido, mesmo sem merecermos te pedimos essas bênçãos em nome de Jesus. Amém".
Querido amigo no próximo programa já estaremos estudando o livro de Josué, portanto convoque o seu grupo e prepare-se para o primeiro programa onde abordaremos todas as questões introdutórias relativas a Josué. Hoje o nosso alvo é estudarmos o capítulo 34 de Deuteronômio, o capítulo final desse livro que nos trouxe tantas lições.
“Como já dissemos, Deuteronômio contém os discursos de despedida de Moisés. Esses discursos foram intencionalmente organizados em um formato de documento que assemelha-se a certos tipos de tratados, comuns no Oriente Médio. Essa disposição faz de Deuteronômio, antes de mais nada um documento da aliança” (Arnold e Beyer, 2001, pg.148). Moisés, então usou suas palavras para renovar e restabelecer essa aliança entre Deus e Israel. Mas, agora tinha chegado do final de sua missão. Deus o chamava para Si. Portanto, neste capítulo estudaremos a narrativa relativa a morte de Moisés.
Este capítulo final de Deuteronômio, certamente escrito por um outro redator, como já mencionamos, descreve de modo carinhoso a morte desse tão estimado líder hebreu.
Deus identificou para Moisés toda a terra que sob juramento tinha prometido a Abraão, a Isaque e a Jacó. Essa terra seria a concretização da promessa da aliança feita há vários séculos atrás. E, mesmo disciplinando-o, por sua atitude incorreta diante do povo (Nm 20), Deus permitiu simbolicamente a Moisés, como representante de Israel, tomar posse da terra ao contemplá-la do Monte Nebo.
Certamente, a disciplina pessoal de Moisés estava sendo usada pelo Senhor para alertar os futuros líderes de Israel de que toda sorte de insubordinação, toda sorte de prática da nossa vontade e não a vontade específica de Deus, trás como conseqüência a firme mão do Senhor contra nós. A promessa de entrar em Canaã, não experimentada por Moisés deve nos alertar de que o nosso papel é somente cumprirmos as tarefas designadas pelo Senhor, segui-lo com intimidade e honrá-lo continuamente diante do Seu povo.
Quando estudamos um assunto como esse, podemos abordá-lo de diversas maneiras. Podemos tratá-lo nos referindo a desobediência de Moisés, podemos estudá-lo observando as lições que a morte nos trás. Em fim, poderíamos fazer inúmeras abordagens a partir desse tema. Mas, nessa ocasião me proponho a tratar sobre esse acontecimento histórico destacando nestes versos a pessoa mais importante de toda essa narrativa de Deuteronômio, a pessoa do nosso Deus!
Então, como título para este capítulo, sugiro a seguinte frase: Os atributos distintivos de Deus. Essa sugestão é feita diante da seguinte constatação: Quando consideramos a narrativa da morte de Moisés, além do fato da morte em si é possível destacarmos a pessoa de Deus em meio a esse relato e, assim, a frase que sintetiza estes 12 versos pode ser apresentada através da seguinte afirmação: Devemos reconhecer nos atributos divinos que Deus sendo justo não faz acepção de pessoas. Pergunta-se, pois: Que atributos comprovam a justiça de Deus. Ao detalharmos esse conteúdo encontramos sete atributos divinos que comprovam a justiça de Deus:
1. A bondade divina comprova a sua justiça, vs.1-3.
Vamos considerar cada detalhe deste texto: [1 Então, subiu Moisés das campinas de Moabe ao monte Nebo, ao cimo de Pisga, que está defronte de Jericó; e o Senhor lhe mostrou toda a terra de Gileade até Dã; 2 e todo o Naftali, e a terra de Efraim, e Manassés; e toda a terra de Judá até ao mar ocidental; 3 e o Neguebe e a campina do vale de Jericó, a cidade das Palmeiras, até Zoar]. 1)As campinas de Moabe, como já mencionamos, ficavam do lado leste do Jordão, na direção do Jericó. 2)A definição dos nomes Nebo e Pisga devem ser entendidas: provavelmente Nebo era o nome do maciço, sendo que Pisga era o seu o pico mais elevado. 3)Dali podia-se contemplar grande parte da terra. 4)Quando se observa no mapa a localização das tribos se percebe que o olhar de Moisés foi num sentido anti-horário, começando no norte, em Gileade, passando por Dã, Naftali, Efraim, Manassés, Judá. Até o Mar Mediterrâneo, o Neguebe e finalmente o vale de Jericó, também chamada de cidade das palmeiras. 5) Ao contemplar toda a terra Moisés comprovava a bondade de Deus, para consigo, pela possibilidade de ver a terra prometida e, a misericórdia divina, em favor de Israel, cumprindo sua antiga promessa. Querido amigo, o nosso Deus é misericordioso em sua essência. Mesmo quando nos disciplina, Ele nos trata com bondade. Não podemos nos esquecer da exortação do salmista: [Rendam graças ao Senhor por sua bondade e por suas maravilhas para com os filhos dos homens! (Sl 107.21, 31)].
2. A fidelidade divina comprova a sua justiça, v.4.
Essas são as palavras deste verso: [Disse-lhe o Senhor: Esta é a terra que, sob juramento, prometi a Abraão, a Isaque e a Jacó, dizendo: à tua descendência a darei; eu te faço vê-la com os próprios olhos; porém não irás para lá]. Vamos fazer algumas considerações: 1)Essas palavras repetiam o que Deus falara em Êx 33.1, confirmando o cumprimento da promessa feita aos patriarcas. 2)Toda a terra estava diante de Moisés e em certo sentido estava também diante de Israel, pois dali a algumas semanas entraria em Canaã. 3)A descendência dos patriarcas herdaria a promessa feita antigamente, assim como as gerações posteriores alcançam as promessas que muitas vezes são feitas à nós. 4)O convite para que Moisés contemplasse a terra era, de certo modo, uma maneira legal de se comprovar a concretização do acordo, da aliança firmada. Era direito daquele que tinha recebido a promessa atestar a realidade do que estava para receber. Ao contemplar a terra Moisés agia como representante legal e oficial de Israel. 5)Por outro lado Deus deixou mais uma vez claro que o próprio Moisés não entraria em Canaã. Querido amigo, a fidelidade do Senhor é a garantia que temos do seu auxílio, pois Ele: [mantém para sempre a sua fidelidade (Salmo 146.6)]. O Senhor é fiel como diz o Salmo 145.13: [O Senhor é fiel em todas as suas palavras e santo em todas as suas obras]. Ora diante desse fato podemos estar certos que Ele sempre cumpre a sua promessa.
3. A soberania comprova a sua justiça, v.5-6. O texto nos diz assim: [5 Assim, morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe, segundo a palavra do Senhor. 6 Este o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor; e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura]. São cinco as observações que devemos fazer: 1)Moisés completou a sua tarefa e morreu. Diante da soberania divina esse é o final de todo ser humano, seja ele o mais valoroso servo. 2)Moisés foi descrito exatamente como servo do Senhor. 3)Embora fosse o líder de Israel, embora tivesse se dedicado totalmente a Israel, diante do Senhor soberano, o seu papel era de servo, isto é, fora convocado para realizar uma tarefa, a completara e, fim. 4)Muito provavelmente o Senhor mesmo o sepultou, embora alguns estudiosos entendam que pelo hebraico é possível se admitir que Deus agiu através de agentes (humanos ou celestes) que sepultaram o corpo de Moisés. 5)Mas é interessante que ninguém conheceu o lugar do seu sepulcro, certamente para que não houvesse por parte dos israelitas mais tendenciosos, uma veneração ao líder condutor de Israel, uma vez que em algumas religiões cananéias havia culto aos mortos. Querido amigo temos que nos lembrar que todos nós somos somente servos, instrumentos de Deus. Necessitamos assumir a posição que Paulo nos indicou em 1Co 3.5-7: [Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisas, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento]. Deus é soberano!
4. O fortalecimento divino a nós concedido comprova a sua justiça, v.7. Vamos nos deter nessas palavras. [7 Tinha Moisés a idade de cento e vinte anos quando morreu; não se lhe escureceram os olhos, nem se lhe abateu o vigor]. Vamos às nossas considerações: 1)O texto nos diz que Moisés morreu com cento e vinte anos. Arão, seu irmão tinha morrido com cento e vinte e três anos. 2)Moisés viveu, então, no limite do tempo que Deus tinha determinado à raça humana no período anterior ao dilúvio (Gn 6.3). 3)A longevidade é dádiva do Senhor. Ver os filhos dos filhos é bênção da parte de Deus, conforme o Salmo 128.6. 4)Sem problemas nos olhos, e sem faltar-lhe vigor ou energia para a realização da sua tarefa Moisés foi fortalecido pelo Senhor. 5) É através da força do Senhor que temos condições de realizar as tarefas para as quais Ele nos chama.
Querido amigo, a justiça divina é comprovada através do fortalecimento que Ele nos concede, pois sendo Deus justo Ele sabe que sem Ele não temos condições de realizar nada, por isso devemos nos lembrar das palavras de Jesus: [Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer (Jo 15.5)]. Devemos nos lembrar também da recomendação de Paulo a Timóteo de buscar suas forças no Senhor: [Tu, pois, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus (2Tm 2.2)].
5. A eternidade divina comprova ser esse um atributo singular ao Deus trino, v.8.
Este é um verso que aparentemente não reflete os atributos divinos, mas quando comparamos Deus e o ser humano; fica nítida a diferença do Criador com a criatura. Vamos ler este verso: [8 Os filhos de Israel pratearam Moisés por trinta dias, nas campinas de Moabe; então se cumpriram os dias do pranto no luto por Moisés]. Quando comparado com a finitude do homem Deus é eterno e infinito. 1)Mesmo uma vida longa e produtiva como a de Moisés, um dia chega ao fim. 2)A honra, o carinho e o respeito são expressos através da homenagem que prestamos aos que já partiram. 3)As culturas antigas manifestavam a tristeza de várias maneiras: rasgavam as roupas, jogavam cinzas ou poeira sobre a cabeça, vestiam-se de saco, cantavam músicas fúnebres, e gritavam intensamente. 4)Em Israel era costume antigo esse luto ou esse pranto durante um período variável de dias como vimos na morte de Jacó (Gn 50.10) ou na morte de Arão (Nm 20.29). 5)Depois dos trinta dias de luto e pranto a vida continuou. Israel tinha uma terra para conquistar, uma promessa a receber. Moisés tinha passado o bastão. Agora era Josué e Israel. Com Deus não é assim. Ele está sempre ao nosso lado para nos ajudar, para nos orientar. Deus é eterno. Deus está sempre presente!
Querido amigo, temos que reconhecer a nossa finitude diante da eternidade de Deus: [Antes que os montes nascessem e se transformassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus (Sl 90.3).] E, diante da eternidade divina só podemos nos curvar e louvá-lo como nos recomenda o salmista no Salmo 41.13: [Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, da eternidade para a eternidade!]
6. A capacitação divina a nós concedida comprova a sua justiça, v.9.
Vamos ler este versículo: [9 Josué, filho de Num, estava cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés impôs sobre ele as mãos; assim, os filhos de Israel lhe deram ouvidos e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés.] Sobre este texto também é necessário fazermos algumas observações: 1)Josué tendo a responsabilidade de conduzir os israelitas à terra prometida deveria possuir da parte de Deus o espírito de sabedoria (Êx 28.3) para a realização da sua tarefa. 2)Certamente Moisés não transmitiria sabedoria a Josué somente através da imposição das mãos. 3)A imposição das mãos era um ato muito significativo nas culturas antigas, pois através dele representava-se a transferência de autoridade e o direito de liderança. 4)Esse ato de imposição das mãos simbolizava a aprovação de Deus sobre o novo líder, tornando-o aceito também diante do povo. 5)A sabedoria de Josué não veio das mãos de Moisés, mas veio do Senhor, que o reconhecia como o seu representante perante os filhos de Israel, conf. Nm 27.18-23. Querido amigo, a capacitação para as tarefas que Deus nos dá só serão executadas corretamente na dependência e com a capacitação do Senhor. Devemos lembrar e buscar as palavras de Isaías 11.2: [Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor].
7. A comunhão divina a nós concedida comprova a sua justiça, v.10-12.
O texto desses versos nos mostra resumidamente o valor de Moisés para Israel, como instrumento de Deus. Vamos lê-los: [10 Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o Senhor houvesse tratado face a face, 11 no tocante a todos os sinais e maravilhas que, por mando do Senhor, fez na terra do Egito, a Faraó, a todos os seus oficiais e a toda a sua terra; 12 e no tocante a todas as obras de sua poderosa mão e aos grandes e terríveis feitos que operou Moisés à vista de todo o Israel.]
Façamos as nossas observações: 1)Moisés foi um profeta inigualável como nunca houve em Israel, exceto Jesus Cristo (Dt 18.15-19), o verdadeiro profeta de Deus a quem deveríamos ouvir (Mt 17.5). 2)Moisés gozava de profunda intimidade com Deus, pois face a face Deus lhe falava e o instruía, transmitindo suas leis e mandamentos. 3)Moisés sempre agiu sob o comando de Deus, sempre agiu sob as ordens divinas, embora ao desobedecer a ordem divina de falar à rocha foi disciplinado e por isso não entrou em Canaã. 4)Moisés foi usado como um instrumento vivo nas mãos do Senhor para demonstrar o poder e a grandiosidade divina contra os falsos deuses dos egípcios. 5)Moisés como representante divino sempre agiu diante de Israel buscando a glória de Deus. Mesmo nos momentos em que ele enfrentou a rebelião do povo, ele reagiu dependendo de Deus, buscando a justiça de Deus, conforme vimos em Números 16.1-35.
Querido amigo, assim como Moisés pode usufruir da presença e da comunhão com Deus que lhe falava face a face nós também podemos ter essa experiência. Hoje, também nós através do Senhor Jesus Cristo e mediante a atuação do Espírito Santo podemos entrar na presença divina, pelo novo e vivo caminho (Hb 10.19-22) e assim desfrutarmos da intimidade com Deus, desfrutarmos da comunhão com Deus chamando-O de “pai nosso”, de “papai”, “de aba pai”, como nos afirmou Paulo em Gl 4.6: [E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!]. Que possamos usufruir desse atributo tão especial, a possibilidade de termos e desenvolvermos a comunhão com Deus!
Querido amigo, certamente Deus não se alegra com a disciplina sobre o seu povo, e especificamente contra um filho seu. O que alegra o coração de Deus é que a justiça seja feita! Ao desobedecer a ordem divina Moisés não santificou a Deus diante de Israel e trouxe sobre si a justiça divina. Como conseqüência Moisés apenas contemplou de longe, mas não entrou na terra prometida. Que Deus mesmo nos ajude a não enfrentar a Sua justiça, mas andarmos somente sob a sua graça e misericórdia.
Bom, querido amigo, chegamos ao final de mais um tempo de estudos e espero que você tenha sido edificado pela Palavra de Deus.
Agradeço a Deus pela oportunidade de transmitir Sua Palavra e especificamente hoje, agradeço a Deus por terminarmos o estudo do Pentateuco, esta parte tão importante da Bíblia Sagrada que nos deu toda a dimensão dos planos divinos em nosso favor. A partir de agora vamos dar continuidade aos estudos sobre a vida da nação israelita, estudando os livros históricos. Agradeço também por sua companhia, a sua sintonia e o seu interesse. Vamos nos encontrar na seqüência nos estudos do livro de Josué.
Deus te abençoe.
Um abraço.
© 2014 Através da Biblia

Através da Bíblia - Deuteronômio 32.1-33.29

Deuteronômio 32.1-33.29
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Você que tem nos acompanhado sabe que temos por propósito estudar toda a Palavra de Deus. Fazemos isso porque Deus tem nos chamado para proclamar com integridade a Sua genuína Palavra e, porque as correspondências que vocês enviam demonstram carinho e amizade cristã. Quero incentivá-lo a nos escrever sobre questões de interpretação ou sobre suas boas experiências no estudo da Palavra. Foi sobre essas experiências que recebemos um e-mail da JFM de Mococa SP, que nos disse o seguinte: “Olá pr Itamir, mandei um e-mail para o senhor e tive o grande prazer de ouvir na HCJB o senhor citando meu e-mail. Como o sr sabe passei por depressão e pânico. Estou escrevendo para comunicar-lhe minha grande melhora. Quero dizer que os programas foram muito importante para mim, sentia como se fosse um fortificante espiritual. Estou decidida a aprender o máximo que puder. Um grande abraço da sua irmã em Cristo”. Querido irmã, louvamos a Deus por sua vida, pelo seu restabelecimento e por seu desejo de ser fiel em estudar a Sua Palavra. Certamente Deus tem lhe recompensado. Também agradecemos a sua disposição em orar por nós e é para isso que temos convocado a todos vocês, a se unirem em oração em nosso favor. É exatamente para orarmos que te convido agora. Vamos orar: “Pai querido, obrigado pela tua direção e pela misericórdia que tu nos dás. Pedimos a iluminação do Teu Espírito para o programa de hoje. Que ele sirva para edificação de cada um dos nossos ouvintes. Pai pedimos isso baseados na tua graça e no teu amor, em nome de Jesus. Amém”.
Querido amigo, hoje temos como alvo estudarmos os capítulos 32 e 33 de Deuteronômio. E daqui a dois programas iniciaremos as nossas considerações sobre o livro de Josué. Serão apenas 16 programas, mas com lições importantíssimas.
Hoje, estudaremos o cântico e as bênçãos de Moisés e no próximo programa estudaremos sobre a morte de Moisés.
No capítulo 32, onde se descreve o cântico de Moisés entendo que o seu título pode ser: As atitudes daquele que ama a Deus. Resumindo esse conteúdo, em síntese essa é sua afirmação: Somente aquele que ama a Deus, mesmo diante da morte pode elevar-lhe um salmo de louvor! Ao analisarmos este capítulo vamos encontrar três atitudes daquele que ama a Deus:
A 1ª atitude é compor um salmo de louvor sob a inspiração divina, vs. 1-43
Como mencionamos no último programa precisamos ter consciência com o quê alimentamos os nossos pensamentos. A recomendação de Paulo de pensarmos nas coisas do alto (Cl 3.2) é importantíssima, pois ele acrescenta: [Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento (Fl 4.8)], e também nos orienta de modo prático como devemos fazer isso: [...levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo... (2Co 10.5)]. Muito bem, por que estamos enfatizando esse princípio? Porque através da música muito conteúdo entra em nossa mente e se não tivermos um critério objetivo pensamentos e padrões incorretos se instalam e começam fazer parte da nossa consciência.
Deus tinha ordenado a Moisés e a Josué, que escrevessem um cântico (v.19) e que ensinassem os israelitas, fazendo-os cantar as palavras da aliança para que ficassem inculcados os mandamentos do Senhor, bem como as conseqüências da desobediência nas mentes israelitas. Deus queria que ninguém tivesse dúvidas a respeito da Sua lei e das conseqüências em obedecê-la ou desobedece-la. Através desse cântico os israelitas poderiam lembrar de Deus e Suas exigências. No conteúdo desse cântico vamos enfatizar a pessoa de Deus e isso fazemos através de sete considerações que Moisés fez, inspirado pelo Espírito Santo:
1.Devemos louvar a Deus por sua proteção, vs.1-4. Esse cântico inicia engrandecendo a Deus, estimulando-nos a proclamar o seu Nome porque Ele realiza obras perfeitas; os Seus caminhos são justos; Ele é fiel; Ele não é injusto, pelo contrário; Ele é justo; e Ele é reto. Mas, sobretudo, Ele é o grande protetor do Seu povo. A idéia de proteção vem do fato de Deus ser descrito como a Rocha! Nesse cântico essa característica é mencionada e enfatizada por cinco vezes nos versos 4, 15, 18, 30, e 31. O significado é encorajador: Deus é firme, sólido, estável, inabalável e inexpugnável. Conf. o Salmo 18.2, Deus é a rocha que nos sustenta contra os ataques dos inimigos. Em Mateus 7.24-27 Jesus convoca-nos a ouvir, praticar e firmar nossas vidas na rocha que é a Sua Palavra. Israel, pois, poderia estar seguro em sua nova terra, pois a sustentá-lo estaria Yahweh, o Deus eterno, a Rocha da nossa salvação!
2.Devemos louvar a Deus por sua pessoalidade, vs.5-6. Ao mesmo tempo em que Moisés descreveu o futuro procedimento de Israel em agir corruptamente, loucamente e de modo ignorante contra Deus, ele apresentou a pessoalidade de Deus. Deus é descrito como Pai, como aquele que nos comprou, como o Criador e como aquele que nos estabelece. Era esse o papel de Deus para com o seu povo Israel. Ao invés de abandoná-Lo pelos ídolos das nações, os israelitas deveriam honrá-lo e amá-lo profundamente. E, nós cristãos, como Seu povo, devemos reconhecê-Lo como Pai, pois Jesus é que nos garantiu essa possibilidade; devemos reconhecê-Lo como aquele que nos comprou, através do sangue de Jesus; aquele que nos criou, duas vezes, pois em Jesus somos a Sua nova criação e, devemos reconhecê-Lo como aquele que nos estabelece, isto é, em Jesus temos nova posição, uma posição estável diante Dele mesmo! Que cada um de nós, ao invés de sermos manchas, perversos e deformados, possa ser motivo de alegria e satisfação para Deus!
3.Devemos louvar a Deus por seu amor, vs.7-14. Moisés apelou para que Israel se lembrasse do paasado através dos testemunhos dos anciãos. Ao fixar os limites das nações foi Deus quem fixou a herança de Israel. Deus o escolheu como seu povo preferido, isso é, a porção do Senhor é o seu povo. Tendo-o achado em terra deserta, rodeou-o, cuidou dele, guardou-o, guiou-o, e, protegeu-o dos deuses estranhos. Israel tornou-se a menina dos olhos de Deus, isto é, a pupila, uma das partes mais sensíveis dos olhos que deve ser protegida a qualquer custo! Mas, além disso, nos vs. 13-14 Deus concedeu-lhes uma alimentação diversificada e da melhor qualidade. Em cada detalhe, as ações do amor divino foram sendo concretizadas e percebidas! E, graças a Deus, não apenas Israel foi amado assim. Nós também fomos amados. Se olharmos para trás, se contemplarmos as nossas histórias familiares teremos que constatar que Deus é bondoso, é gracioso e misericordioso! Que possamos louvá-lo com gratidão!
4.Devemos louvar a Deus por sua fidelidade, vs.15-18. Uma das características mais marcantes de Deus é a sua fidelidade, é a sua permanência. Moisés descreveu como Israel trataria Deus: O abandonaria, O desprezaria, O provocaria, O irritaria, O esqueceria, e o pior é que cultuaria demônios e não a Ele, o único Deus, a Rocha da nossa salvação. Quando se afirma o oferecimento de sacrifícios a demônios simbolicamente está se dizendo que os ídolos, que são apenas objetos inanimados, na verdade têm atrás de si, demônios, isto é, espíritos satânicos que pelos ídolos recebem a adoração que só é cabível a Deus, o único Deus! Nos versos, 15 e 18 Deus, então, é novamente destacado como Rocha. Uma rocha que não se abala, fiel, que permanece, apesar de todas as injustiças que o seu povo comete contra Ele.
5.Devemos louvar a Deus por sua imparcial justiça retributiva, vs.19-33. Mesmo sendo povo de Deus, a “menina dos olhos” do Senhor, Israel tinha desprezado o Senhor (19), tinha provocado o Seu zelo (21), e, tinha agido sem entendimento (28). Como conseqüência Israel receberia fogo do furor do Senhor, um fogo que arderia até ao mais profundo do inferno (22). Querido amigo como já dissemos anteriormente para Deus não há acepção de pessoas. Mesmo sendo o seu povo escolhido Israel não escaparia das duras conseqüências por sua desobediência e pela sua infidelidade com a aliança. A retribuição do Senhor é imparcial, pois mesmo sendo o seu povo Israel sofreria as conseqüências da desobediência. Também nós, que somos filhos, devemos estar preparados para receber severa disciplina se andarmos por caminhos que desagradem o coração do nosso Pai!
6.Devemos louvar a Deus por sua compaixão, vs.34-42. Ao mesmo tempo em que devemos estar conscientes da retribuição justa do Senhor (Jr 17.10) devemos lembrar sempre que Deus é compassivo e o único Deus. No verso 36 lemos: [Porque o Senhor fará justiça ao seu povo e se compadecerá dos seus servos, quando vir que o seu poder se foi...] e no verso 39 lemos: [Vede, agora, que Eu Sou, Eu somente, e mais nenhum deus além de mim...]. Mesmo em meio a promessa de uma dura conseqüência pela quebra da aliança, pela quebra da lei, por sua desobediência, os israelitas que amavam o Senhor, sabiam que o seu caráter era imutável. Deus é compassivo, amoroso e misericordioso e, por isso mesmo Ele é único! Não há outros deuses. O que existem são ídolos e por trás deles estão os espíritos demoníacos que oprimem e pressionam os deus adoradores. Louvemos a Deus por sua compaixão, amor e misericórdia para com cada um de nós!
7.Devemos louvar a Deus por sua justa retribuição aos ímpios, v.43. Literalmente são essas as palavras deste verso: [Louvai, ó nações, o seu povo, porque o Senhor vingará o sangue dos seus servos, tomará vingança dos seus adversários e fará expiação pela terra do seu povo]. Querido amigo, como dissemos anteriormente, assim como acontecerá na consumação dos tempos, conf. Ap 19.2 quando Deus vingar o sangue dos que estão em Cristo, assim também aconteceria com as nações que foram usadas como instrumentos para a disciplina de Israel. Deus vingaria a morte dos seus filhos e faria vingança contra os seus inimigos. Deus daria o merecido aos inimigos que aborreceram Israel e assim perdoaria, expiaria a terra do seu povo. Essas expressões mais uma vez confirmam a infinita misericórdia divina para com aqueles que se arrependem e buscam o auxílio que só Deus pode nos dar!
A 2ª atitude é entregar o salmo inspirado para o louvor de todo povo, vs. 44-47.
O poema tinha terminado. Moisés e Josué foram os que recitaram e talvez até tinham cantado esse salmo diante da congregação dos filhos de Israel. A narrativa, então, nos dá conta de que os dois líderes recitaram essas verdades diante do povo de Israel para serem gravadas e usadas periodicamente para que se lembrassem dos perigos que corriam, das bênçãos que poderiam obter e de Quem era Deus! Ao passarem para o povo essas verdades, Moisés e Josué, conforme o verso 46-47, literalmente disseram: [Aplicai o coração a todas as palavras que, hoje, testifico entre vós, para que ordeneis a vossos filhos que cuidem de cumprir todas as palavras desta lei. Porque esta palavra não é para vós outros coisa vã; antes, é a vossa vida...]. Tanto aquela geração, a segunda, quanto as próximas gerações deveriam cumprir as palavras da lei, ou do cântico, pois elas trariam vida para Israel. A obediência à lei ou ao cântico fariam com que Israel permanecesse mais tempo em Canaã, a terra da promessa.
A 3ª atitude é submeter-se a Deus a quem louva na hora de sua morte, vs.48-52.
As palavras do verso 51 não deixam dúvidas do porquê Moisés não iria entrar em Canaã, a terra prometida: [Porquanto prevaricastes contra mim no meio dos filhos de Israel, nas águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim, pois não me santificastes no meio dos filhos de Israel...]. Junto com Arão, seu irmão, Moisés não tinha sustentado a santidade divina diante dos israelitas e, por isso, por esse pecado, reconhecendo e sendo submisso a Deus, não entraria em Canaã. Ora, através dessas palavras tão objetivas a idéia de alguns estudiosos de que a morte de Moisés foi vicária, isto é, em favor de Israel, cai completamente por terra. Moisés não entrou na terra prometida e morreu porque não santificou a Deus diante dos israelitas. Embora Moisés, em certo sentido, fosse o libertador de Israel, não foi o libertador por excelência, pois, por seu pecado não conduziu o seu povo até a vitória final.
Entretanto, mesmo que estivesse sendo disciplinado como parte da recompensa por sua fidelidade Deus concedeu a Moisés a possibilidade de contemplar a terra pela qual tinha lutado conduzindo Israel durante os últimos quarenta anos de sua vida. Deus ordenou que Moisés subisse ao cume do monte Nebo, na região de Moabe, em frente a Jericó, pois dali poderia contemplar a terra, mesmo, olhando-o à distância. Moisés morreria no alto de um monte como tinha acontecido com Arão que morrera no monte Hor, conforme Números 33. Moisés, um profeta sem comparações (34.10) morreria e seria recolhido ao seu povo. O que significava que ele se reuniria aos seus antepassados que tinham partido antes dele. Para os hebreus os mortos estariam no Seol, o lugar dos mortos, porém naquele lugar estariam vivos, conforme as palavras de Jesus em Mt 22.32, pois Deus é um Deus de vivos e não de mortos! Moisés então, estava terminando a sua missão.
Querido amigo, somente aquele que ama profundamente a Deus, como Moisés amou, mesmo diante desse desfecho, tem condições de demonstrar o seu comprometimento com a tarefa que Deus tinha lhe dado expressando as bênçãos divinas sobre cada uma das tribos. O conteúdo do capítulo 33, pois, nos revela as bênçãos divinas através de Moisés para todas as tribos de Israel. Por isso, sugiro como título deste capítulo: A maravilhosa graça de Deus. Esse título é significativo porque nas diversas bênçãos às tribos percebemos a graça de Deus sobre todo Israel, e, assim, em resumo podemos dizer que estes versos podem ser sintetizados com a seguinte frase: Somente com os olhos da fé podemos contemplar e nos alegrar com a maravilhosa graça de Deus. E neste texto, nesses 29 versos encontramos três detalhes sobre a maravilhosa graça divina:
Em 1º lugar destaca-se o papel de Deus diante do seu povo, vs.1-5.
A expressão “homem de Deus” que a partir desse momento designaria os outros profetas divinos foi usada certamente pelo redator final do Deuteronômio para descrever Moisés. Moisés, nesses versos introdutórios, reconhecendo a soberania e o cuidado de Deus para com o seu povo, louvou-O destacando que toda essa bonita história de redenção começou com a vinda de Deus no Sinai, quando Ele se revelou a Israel (Êx 19.18) por meio de uma teofânia impressionante fazendo o monte Sinai fumegar e tremer diante da Sua excelsa presença. Deus tinha se tornado o rei do seu povo, esse povo amado através de quem queria transmitir o seu amor e o seu perdão a todos os homens, que pelo pecado estavam dEle separados. Ao se despedir de suas funções, Moisés abençoou cada uma das tribos de Israel.
Em 2º lugar detalha-se a bênção de Deus para cada um do seu povo, vs. 6-25.
Essas bênçãos transmitidas no final da vida de um patriarca eram encaradas como profecias sobre o futuro. E assim, como um pai, Moisés transmitiu essas bênçãos proféticas concretizando a entrada de cada uma das tribos israelitas em Canaã.
Destaca-se a falta da menção da tribo de Simeão, mas, essa ausência pode ser explicada ao lembrarmos que posteriormente essa tribo foi absorvida, incorporada pela tribo de Judá, pela interação dos seus territórios (Js 19.2-9) e pela proeminência de Judá sobre as demais tribos israelitas. Moisés então proclamou e profeticamente abençoou:
1Rúben, com a multiplicação dos seus filhos;
2Judá, com o poder para tomar à frente nas ações militares contra os inimigos de Israel.
3Levi, com o privilégio do sacerdócio e o ministério de consultar o Senhor em favor de todo o Israel, porque tinha fiel ao Senhor (Êx 32.25-28).
4Benjamim, com a habitação segura e tranqüila, pois era amado do Senhor.
5José, através de Manassés e Efraim, com a fertilidade rural e com a força de um búfalo.
6Zebulon e 7Issacar, com a prosperidade nos seus comércios marítimos.
8Gade, com o melhor da terra, com as melhores pastagens para os seus rebanhos e com a distinção de executar a justa vontade de Deus.
9Dã, com a valentia e a força de um leão jovem que estaria na plenitude de suas forças.
Naftali, com uma terra fértil desde as Águas de Merom ao sul do Mar da Galiléia.
E, 11Asser com a abundância de oliveiras e a completa segurança das suas portas. Moisés completou assim, todas as bênçãos a todo o Israel.
Em 3º lugar descreve-se o poder gracioso de Deus para com o seu povo, v.26-29
Concluindo o capítulo Moisés, louvou o poder gracioso de Deus, pois o segredo para receber essas bênçãos encontrava-se no incomparável Deus de Jesurum, isto é, Deus reto, e amado. Os israelitas só alcançariam a vitória sobre os inimigos porque Deus é quem a daria para o seu povo. Quando Israel se colocasse ou quando nós nos colocarmos nas mãos desse amado e poderoso Deus a vitória é certa. A vitória de Deus é a nossa vitória!
Bom, chegamos ao final de mais um tempo de reflexões e concluímos o estudo de mais um texto do Deuteronômio. Deus. Espero que você tenha sido desafiado por essas lições e peço a Deus que te capacite a obedece-Lo.
Obrigado por sua companhia e, fico aguardando a sua carta, seu email ou um recado no orkut.
Que o Senhor Deus te abençoe,
Um grande abraço.
© 2014 Através da Biblia

Através da Bíblia - Deuteronômio 31.1-30

Deuteronômio 31.1-30
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Para nós é um privilégio poder contar com a sua audiência, sabendo da responsabilidade que temos de proclamar a Palavra de Deus. Ao iniciarmos este programa queremos agradecer a todos vocês que dão o retorno necessário de como tem chegado o nosso programa até vocês. A razão de ser do nosso programa é encorajar e incentivar você que nos sintoniza periodicamente a estudar com profundidade a Palavra de Deus. Por isso, sempre é um momento de muita satisfação quando lemos um trecho de uma carta que vocês nos enviam. Hoje quero registrar o e-mail que o DAFS nos enviou de Chapadão do Céu em Goiás, fazendo-me uma consulta sobre interpretação. Ele fez várias perguntas sobre a questão do divórcio e suas possíveis implicações. Citando o texto de Mt 5 e 19, já lhe respondi e minha oração é que Deus o dirija no tratar dessa questão tão delicada que já temos que administrar em nossas comunidades. Por isso, querido irmão somos gratos a Deus por esse reconhecimento e colocamo-nos sempre à disposição do Senhor para que Ele nos use como canal da sua misericórdia e graça na edificação do Seu corpo. Conte com nossas orações e saiba que muito nos encoraja saber que temos irmãos que tem por objetivo a edificação de outros irmãos em Cristo! Quero estimulá-lo a continuar firme nesse propósito e espero que o nosso programa possa ser usado por Deus para que você conquiste os seus ideais ministeriais. Mas, para que sejamos bênçãos nas mãos de Deus insisto em que você também ore por nós. E é para isso que o convido agora. Vamos orar: "Pai querido, tu conheces e nosso coração e sabe das necessidades desse querido irmão. Pedimos por ele. Abençoa-o Senhor. E, pedimos também a tua bênção: ilumina-nos pelo teu Espírito e faça-nos experimentar a sua presença. Pai, oramos em nome de Jesus, Amém !"
Querido amigo, lembrando que em três programas iniciaremos os estudos no livro de Josué, hoje, estudaremos o capítulo 31 de Deuteronômio. Neste capítulo 31 encontramos depois dos quatro discursos de Moisés as suas palavras de despedida. Foram palavras importantes, pois simbolizavam o fim de uma liderança e as recomendações finais para a entrada em Canaã, a terra prometida a Abraão, Isaque e Jacó.
Diante da importância dessas palavras creio que podemos dar-lhe o seguinte título: A importância das palavras de despedidas. Ao estudarmos todos os 30 versículos deste capítulo, em resumo, podemos extrair esse princípio desafiador e sintetizá-lo através desta frase: Diante da importância das palavras de despedida há necessidade de ouvi-las atentamente. E, quando, ao invés de resumirmos o capítulo nós o detalhamos, encontramos sete razões pelas quais devemos dar importância a essas palavras:
1)Essas palavras são importantes, pois inspiram confiança, vs.1-8.
Depois do término dos quatro discursos de Moisés aparentemente não deveríamos ter mais nenhum relato de suas palavras. Mas, não é isso que acontece. A partir de agora vemos palavras pessoais finais revelando que tinha feito uma retrospectiva de sua própria vida diante do Senhor. Ao mencionar sua idade de 120 anos, certamente se lembrou dos primeiros quarenta anos vividos como príncipe do Egito, onde teve acesso a toda sabedoria existente na época. Não foram em vão aqueles anos. Ali ele aprendeu a arte militar, os direitos sociais e civis e instruiu-se com os melhores mestres da época. Lembrou-se também dos quarenta anos seguintes em que de príncipe tornou-se um mero pastor de ovelhas, cuidando dos rebanhos de Jetro, o seu sogro. Também não foram anos inúteis, pelo contrário, ali aprendeu a ter paciência, ali aprendeu como pastorear uma multidão de aproximadamente dois milhões e meio de pessoas. E, foi nesse período que ele se casou e teve os seus dois filhos. Nesse tempo também aprendeu a geografia e o clima da península do Sinai, que lhe foi extremamente útil na condução de Israel pelo deserto. Certamente ele se lembrou também dos últimos quarenta anos liderando o povo depois da saída do Egito. Quantas experiências frustrantes, mas ao mesmo tempo quantas experiências positivas com o Senhor! Conforme as suas palavras no verso 2 ele já não podia sair e entrar, isto é, já sentia o peso da idade, além de reconhecer que o Senhor mesmo tinha lhe dito que não entraria em Canaã.
Resignadamente aceitou a determinação divina. A desobediência de Moisés se deu quando Deus mandou que ele apenas falasse à rocha para que dela jorrasse água. Porém, ele feriu a rocha duas vezes. Lembre-se de já estudamos que aquela rocha simbolizava Cristo. Já havia sido uma vez ferida, por ordem de Deus. Mas, na segunda vez Deus ordenou que Moisés apenas falasse e da rocha jorraria água. Cristo só foi morto ou ferido na cruz uma única vez. A pedra deveria ser ferida apenas uma vez também. Como alguém submisso admitiu sua falta e recebia a justa sentença divina de não entrar em Canaã sabendo que Deus tinha o melhor para ele e para Israel.
Então, confiante ao ver em sua própria vida a bondosa mão de Deus ele expressou palavras de confiança para o povo (1-6), para Josué (7-8) e para os sacerdotes (9-13). Para o povo Moisés reafirmou que o próprio Senhor iria adiante deles e assim como tinha feito aos amorreus, assim faria com os outros povos entregando-os nas mãos dos israelitas. E no verso 6 Moisés lhes inspirou confiança recomendando-lhes força, coragem e destemor, pois Deus estaria com eles, não os deixaria e nem os desampararia.
Para Josué, nos versos 7-8, Moisés, diante de todo o povo, recomendou-lhe também força e coragem, dizendo que através dele Israel herdaria a terra que sob juramente Deus prometera aos patriarcas. Moisés estimulou a fé de Josué afirmando que o Senhor iria adiante dele, que o Senhor seria com ele e que o Senhor não o deixaria, e por isso então Josué não deveria temer ou se atemorizar. Foram palavras de confiança, palavras de experiência de alguém que tinha vivido totalmente sua vida na dependência do Senhor. Querido amigo, que nossa vida com Deus, que nosso testemunho possa inspirar outros a confiarem no Senhor, a crerem que a bondosa mão de Deus está pronta a nos abençoar.
2)Essas palavras são importantes, pois devem ser preservadas para o futuro, vs.9-13.
As palavras desses versos foram dirigidas aos sacerdotes, isto é, os israelitas responsáveis pelo culto a Deus e, aos anciãos, isto é, os chefes civis da nação, como se vê no verso 9: [Esta lei, escreveu-a Moisés e a deu aos sacerdotes, filhos de Levi, que levavam a arca da Aliança do Senhor, e a todos os anciãos de Israel]. Moisés recomendou-lhes que, no ano sabático, quando o povo não estivesse se ocupando das tarefas agrícolas, a cada sete anos lessem a lei do Senhor para todo o povo. Deveria haver uma cerimônia, no tabernáculo central onde estariam todos com o objetivo de ensinar a todas as futuras gerações as determinações divinas como lemos nos vs. 12-13: [Ajuntai o povo, os homens, as mulheres, os meninos e o estrangeiro que está dentro da vossa cidade, para que ouçam, e aprendam, e temam o SENHOR, vosso Deus, e cuidem de cumprir todas as palavras desta lei; para que seus filhos que não a souberem ouçam e aprendam a temer o SENHOR, vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre a terra à qual ides, passando o Jordão, para a possuir]. Como veremos em Malaquias 2.4-9 uma das funções dos sacerdotes e levitas era ensinar a lei ao povo. O objetivo dessa instrução era o temor a Deus para que cumprissem os mandamentos do Senhor. A preservação da lei do Senhor seria feita através de cópias e através do seu ensino, através da sua leitura periódica. Assim como vimos no capítulo 6, em que nas novas gerações deveriam aprender em todos os contextos, haveria cerimônias oficiais com esse mesmo propósito. Espelhando-nos nessa prática, todos nós somos desafiados a anunciar, a ensinar às outras gerações os princípios divinos que trazem suas bênçãos sobre nós.
3)Essas palavras são importantes, pois foram ditas em local consagrado, vs.14.
As palavras desse verso nos mostram a importância dessa ocasião: [Disse o SENHOR a Moisés: Eis que os teus dias são chegados, para que morras; chama Josué, e apresentai-vos na tenda da congregação, para que eu lhe dê ordens. Assim, foram Moisés e Josué e se apresentaram na tenda da congregação]. O fato de Deus convocar Moisés e Josué para a tenda da congregação tinham o propósito de dar um aspecto oficial à liderança de Josué como substituto de Moisés. Embora a cerimônia de transferência de liderança já tivesse ocorrido conforme Nm 27.18-23, nessa ocasião, na Tenda da Congregação estava sendo dada a legitimidade e a autoridade a Josué como novo líder de Israel. A partir dessa mudança Deus passaria a falar diretamente com Josué, conforme veremos no verso 23 e no próprio livro de Josué. Querido amigo, é bom ouvirmos a voz de Deus através dos irmãos, mas é fundamental que ouçamos diretamente Deus falando conosco, ao nosso coração.
4)Essas palavras são importantes, pois apontam para a desobediência, vs. 15-18.
A cerimônia solene continuou e assim o Senhor Deus apareceu na Tenda da Congregação, numa coluna de nuvem. Em ocasiões importantes era esse o local onde Deus falava à Israel (Êx 33.9-10; 40.34-38; Nm 12.5). Deus se dirigiu a Moisés em primeiro lugar confirmando a sua morte, para estar com os seus pais; e, em segundo lugar Deus avisou-o e avisou também a Josué que futuramente o povo de Israel abandonaria o Senhor e adoraria e serviria outros deuses. Mas, além de mostrar essa futura desobediência, Deus deixou bem claro qual seria a sua reação: 1)ficaria irado com Israel; 2)esconderia o seu rosto deles; 3)eles seriam destruídos; 4)muitas desgraças e sofrimentos os atingiriam e, 5)ficariam tão perplexos que perguntariam se tudo o que lhes acontecia era porque Deus não estava mais no meio deles. Deus foi muito específico quanto ao futuro revelando a Josué o cuidado que ele deveria ter na condução de Israel. Esse desvio futuro dos israelitas foi então anunciado na presença de Josué para que ele se conscientizasse do perigo que Israel corria e assim se esforçasse para evitá-lo em seus dias. E como veremos nos próximos estudos, Josué também em seu último discurso fez essa mesma advertência (Js 23.1-16), pois durante o período da sua liderança se esforçou levando Israel a se posicionar diante de Deus (Js 24.31). Deus, sendo fiel requer também um compromisso fiel de nossa parte. Que possamos, na força que o Espírito Santo nos concede sermos fiéis ao nosso Deus auxiliando aqueles que estão do nosso lado a também serem fiéis!
5)Essas palavras são importantes, pois devem ser memorizadas, vs.19-22.
Deus continuou falando aos líderes e instruiu-os a registrarem um cântico. Mas, quando se percebe o conteúdo dessas palavras surge a questão: por quê usar um cântico como testemunho contra um povo? A resposta a essa questão se obtém através do conhecimento do contexto. Na cultura da antiguidade os cânticos eram usados para ensinar e para transmitir os mandamentos para o povo e para as futuras gerações. Assim como hoje, era mais fácil aprender e lembrar a letra de uma música. Esse cântico registrado no capítulo 32, que estudaremos no próximo programa serviria para lembrar aos israelitas que Deus condena a desobediência. Podemos ver essa pratica de contar a história e os feitos do Senhor através de vários salmos como, por exemplo, os salmos 78, 105, 106 e tantos outros. Querido amigo uma aplicação pratica em relação a essa questão acontece conosco. Você já reparou quantos cânticos você conhece, você tem memorizado nos últimos anos? Certamente foram muitos. Por isso, o conteúdo do que ouvimos, e do que cantamos é importantíssimo no desenvolvimento e na solidificação de nossa fé. A teologia dos nossos cânticos, a teologia dos nossos hinos é importantíssima no ensinamento e na concretização da nossa fé. Aquilo que você ouve e canta pouco a pouco começa a fazer da sua crença e das suas praticas religiosas. É necessário que avaliemos o que estamos ouvindo. Portanto, as músicas populares, as músicas seculares devem ser muito bem analisadas para serem ouvidas e cantaroladas por nós que nos chamamos cristãos.
Querido amigo que você tenha da parte de Deus discernimento e maturidade para reter o que é bom e rejeitar o que não serve para sua edificação!
6)Essas palavras são importantes, pois são encorajadoras, vs. 23.
Aparentemente, conforme a seqüência lógica, este texto deveria vir logo após o verso 15 quando Deus falou a Moisés e a Josué na Tenda da Congregação. Porém ele aparece aqui demonstrando que Deus permitia a esses líderes uma plena interação, dialogando com Ele. Nesse verso Deus se dirige especificamente a Josué: [Ordenou o Senhor a Josué, filho de Num, e disse: Sê forte e corajoso, porque tu introduzirás os filhos de Israel na terra que, sob juramento, lhes prometi; e eu serei contigo]. Essas palavras vindas diretamente de Deus garantiam a Josué a presença e a capacitação divina para a realização da sua tarefa. A força e a coragem deveriam ser buscadas no próprio Deus. E, ele, Josué, que era general das tropas de Israel sabia que durante as últimas décadas era o próprio Deus que lhes tinha dado a vitória. Agora, em sua nova posição, como líder de Israel, Josué teve a garantia de que teria êxito em sua missão, pois podia contar com a presença constante de Deus com ele. O que percebemos neste verso é o cuidado divino em orientar, garantir e encorajar cada um dos seus filhos ao assumirem as mais diferentes e difíceis tarefas. Dirigir um povo na conquista de um grande território contra diversas nações que ali habitavam; dirigir e comandar um povo rebelde que se inclinava para a adoração errada, para desagradar a Deus, não seria uma tarefa simples. Deus antecipando-se às dificuldades de Josué, o encorajou: seja forte, seja corajoso, pois você pode contar comigo! Querido amigo, que grande bênção podermos contar com a presença do Senhor em nosso dia a dia! Espero que as palavras de Jesus sejam realidade na sua experiência cristã: [E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século (Mt 28.20].
7)Essas palavras são importantes, pois devem ser registradas, vs.24-30.
Prezado amigo, assim como a leitura da lei e dos mandamentos estava relacionada com a posse e com a continuidade na terra prometida, assim também hoje, a leitura e a meditação na palavra de Deus estão relacionadas com a posse e a continuidade das bençãos espirituais em nossas vidas. O desconhecimento da palavra de Deus é o primeiro passo para perdermos as bençãos que o Senhor nos tem dado. Enquanto isso o nosso estudo cuidadoso e permanente da palavra de Deus representa para nós, não somente a preservação daquilo que já temos conquistado em Cristo pela fé, como também a benção de novas conquistas. Foi em Mateus 22.29, falando a religiosos que Jesus lhes disse: [Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus]. É aqui onde muitos erram. É o desconhecimento das Escrituras Sagradas e a ignorância do poder de Deus, a causa dos erros dos homens e em consequência a perda das bênçãos que Ele tem para nós. Por isso consideramos realmente perigoso quando se substitui no púlpito a Bíblia, a palavra de Deus, pela palavra do homem.
Moisés, querendo evitar esses erros que vemos em nossos dias, escreveu, registrou essas palavras num livro e ordenou aos levitas que transportavam a Arca que colocassem esse Livro da Lei junto a Arca para que servisse de testemunha contra o povo quando eles se desviassem dos caminhos do Senhor. No verso 27 Moisés foi bem específico analisando a condição espiritual de Israel logo antes da sua morte. Suas palavras foram bem objetivas: [Porque conheço a tua rebeldia e a tua dura cerviz. Pois, se, vivendo eu, ainda hoje, convosco, sois rebeldes contra o Senhor, quanto mais depois da minha morte?]. Essa foi uma analise bem real da tendência pecaminosa de Israel. E Moisés ainda convocou todos os líderes de Israel (v.28) para que invocando o céu e a terra como testemunhas contra eles ficasse estabelecida a punição que experimentariam ao quebrarem a aliança com Deus. Consciente da sua partida Moisés ainda afirmou nos versos 28 e 29: [Ajuntai perante mim todos os anciãos das vossas tribos e vossos oficiais, para que eu fale aos seus ouvidos estas palavras e contra eles, por testemunhas, tomarei os céus e a terra. Porque sei que, depois da minha morte, por certo, procedereis corruptamente e vos desviareis do caminho que vos tenho ordenado; então, este mal vos alcançará nos últimos dias, porque fareis mal perante o SENHOR, provocando-o à ira com as obras das vossas mãos].
Neste capítulo tivemos três ordens: 1)que a lei fosse lida regularmente para todos os israelitas; 2)que o cântico fosse escrito e ensinado ao povo (v.30) e, 3)que o documento da lei fosse colocado perto da Arca. Demonstrando mais uma vez o cuidado divino pelo seu povo, todas essas ordens foram dadas para que Israel não se esquecesse e quebrasse a aliança com Deus. Que Deus bondoso nós temos! Desfrutemos do seu cuidado e zelo por nós!
Bom, chegamos ao final de mais um tempo de estudos. Consideramos ainda as palavras de despedidas de Moisés e vimos que mesmo faltando poucas semanas para ele partir, como um pastor responsável orientou detalhadamente o seu rebanho até o fim. Que Deus conceda edificação e capacitação a você para praticar essas verdades que você aprendeu.
Agradeço a Deus a sua orientação e a você agradeço a sua companhia.
Escreva-nos compartilhando suas experiências.
Que Deus te abençoe,
Um abraço.
© 2014 Através da Biblia

Através da Bíblia - Deuteronômio 30.1-20

Deuteronômio 30.1-20
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". É com satisfação que chegamos até você para compartilhar os princípios da Palavra de Deus que temos aprendido através dos estudos que temos feito no livro de Deuteronômio. Como você que tem nos acompanhado continuamente sabe, o nosso projeto é desafiador. Planejamos estudar toda a Bíblia, analisando parágrafo por parágrafo, destacando até alguns versos com a finalidade de adequarmos cada vez mais as nossas vidas à vontade de Deus. Inicialmente temos registrado em nossos encontros as cartas que chegam de vocês compartilhando como tem sido a recepção programa e quais tem sido suas experiências. Para nós é grande alegria podermos ter esse momento de comunhão. Registramos hoje o e-mail que a M.S. nos enviou de Joinville, SC. Foram essas as suas palavras: "A paz do Senhor, acompanho este programa abençoado do estudo da Palavra de Deus através de uma emissora aqui na cidade de Joinville. Gostaria de solicitar, se possível um estudo no livro de Juizes". Querida irmã, como já respondi o seu e-mail só me resta avisá-la e a todos os nossos ouvintes que logo estudaremos o livro de Juízes. Depois de concluirmos os estudos em Deuteronômio, a seqüência será Josué, Juízes e Atos dos Apóstolos, portanto preparem-se para esses estudos. Agradecemos a Deus porque Ele tem usado este programa para a edificação de muitos irmãos e por isso é que sempre oramos pedindo que esses comentários edifiquem a todos que nos ouvem. E, é exatamente isso que quero fazer agora. Vamos orar: "Senhor Deus e Pai, obrigado pela tua ação abençoadora sobre todo o teu povo. Conceda-nos Senhor que através do programa de hoje muitos possam ouvir a tua voz. Ilumina-nos pelo teu Espírito Santo e que possamos ser encorajados em nossa vida cristã. Senhor oramos em nome de Jesus, Amém!".
Querido amigo, o nosso alvo neste programa é estudarmos o capítulo 30 do livro de Deuteronômio, a segunda e última parte do quarto discurso de Moisés. Quando Moisés terminou de pronunciar essas palavras não se passou mais uma quinzena e Israel sob o comando de Josué atravessou o Jordão e começou a conquista de Canaã, a terra da promessa. A concretização da promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó estava se cumprindo e provava a bondade e o amor de Deus a Israel, o povo que Ele escolhera.
Como temos mencionado anteriormente, por todo o livro encontramos uma ênfase destacada no amor. O amor de Deus por Israel é mencionado pelo menos cinco vezes; o amor de Israel é mencionado aproximadamente em doze ocasiões (aqui no cap. 30 o amor é mencionado nos vs. 6, 16 e 20) e, o amor de Israel pelos estrangeiros também é mencionado. Como temos repetido, o amor de Deus pelo Seu povo é comprovado por Suas bondosas ações em nosso favor, mas o amor a Deus é comprovado por nossa obediência a Ele e as Suas leis. Assim, nesse capítulo 30, além da maldição que estudamos no capítulo 29, no programa passado, percebemos uma palavra encorajadora. Neste capítulo há a promessa da restauração. O propósito de Deus para o seu povo nunca falhará mesmo diante da desobediência continua do povo. Havendo arrependimento e volta aos caminhos traçados por Deus, Deus é generoso, misericordioso, longânimo, gracioso e amoroso e restauraria Israel de qualquer situação em que se encontrasse. Ao estudarmos este capítulo veremos a necessidade de tomarmos uma decisão definitiva de seguirmos o Senhor e os seus caminhos ou seguirmos pelos nossos próprios caminhos e sofrermos as duras conseqüências da insubmissão a Deus.
Para esse capítulo sugiro este título: As ações necessárias para as bênçãos divinas. Resumindo o seu conteúdo e extraindo o seu princípio desafiador podemos sintetizá-lo com essa frase: Somente quando reconhecemos a necessidade de ações concretas podemos experimentar o amor e a bondade de Deus em nossas vidas. Neste texto final das palavras de Moisés encontramos sete ações necessárias para obtenção das bênçãos divinas:
Em 1º lugar vemos a necessidade de considerarmos as circunstâncias, vs.1-2.
Moisés iniciou esta segunda parte do seu 4º discurso propondo a Israel que recordasse as suas circunstâncias. Em meio às tribulações descritas no capítulo 29, em meio às maldições que o alcançariam como resultado de sua desobediência, Israel deveria considerar, analisar e avaliar a sua situação e se propor retornar para Deus. Israel deveria decidir voltar a Deus dando ouvidos à voz do Senhor, de todo coração e todo a sua alma, isto é, completa e totalmente. Cada um de nós temos que considerar, temos que avaliar nossas circunstâncias, as situações em que nos encontramos para decidirmos racionalmente o que queremos ou pretendemos da vida. Muitos têm escolhido andar longe de Deus e assim arcam com as conseqüências. Mas, muitos de nós, pela misericórdia e graça divina temos escolhido amar a Deus, servi-Lo de todo o coração e alma. Que essa possa também ser a sua escolha.
Em 2º lugar vemos a necessidade da ação divina provocando amor a Deus, vs.3-6.
Esses versos devem ser lidos integralmente para percebermos a razão dessa afirmação: [...então, o Senhor, teu Deus, mudará a tua sorte, e se compadecerá de ti, e te ajuntará, de novo, de todos os povos entre os quais te havia espalhado o Senhor, teu Deus. Ainda que os teus desterrados estejam para a extremidade dos céus, desde aí te ajuntará o Senhor, teu Deus, e te tomará de lá. O Senhor, teu Deus, te introduzirá na terra que teus pais possuíram, e a possuirás; e te fará bem e te multiplicará mais do que a teus pais. O Senhor, teu Deus, circuncidará o teu coração e o coração de tua descendência, para amares o Senhor, teu Deus, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas]. Querido amigo é isso mesmo! Esses verbos indicam as ações divinas levando o povo ao arrependimento, a voltar para Deus. São nove verbos: 1)Deus mudaria a sorte deles (3); 2)Deus se compadeceria (3); 3)Deus os ajuntaria de novo (3-4); 4)Deus os tomaria dos mais diversos lugares (4); 5)Deus os introduziria em Canaã (5); 6)Deus os faria possuir a terra (5); 7)Deus lhes faria o bem (5); 8)Deus os multiplicaria (5); 9)Deus lhes circuncidaria os corações (6). Essas nove ações divinas são declarações da impossibilidade humana de voltar para Deus. Essa volta, esse retorno só acontece quando Deus mesmo age fazendo-nos voltar para Ele mesmo. Mas, nas frases finais do verso 6 encontramos o motivo pelo qual Deus produziria essa mudança em Israel. Deus agiria assim para que Israel amasse a Ele mesmo, o seu Deus, de todo coração e de toda a alma. Sabe por que? Porque Deus tinha como propósito que eles vivessem. Querido amigo é Deus quem provoca o nosso amor a Ele. É Deus que age em nós para que O amemos e como resultado, como conseqüência nos faz desfrutar da vida que só Ele mesmo concede. A vida que Ele quer que desfrutemos é a própria vida que Ele nós dá! Porém para que isso aconteça, como foi alistada uma das ações divinas em nosso favor é a circuncisão do coração. A circuncisão simbolizava a aliança entre Deus e seu povo. Portanto, circuncidar o coração, significa assim como no processo físico, retirar os empecilhos, os impedimentos ou os obstáculos que dificultavam a possibilidade de um relacionamento pleno. Deus queria que Israel O amasse com todo o seu coração, com toda a sua alma, com toda a sua força e, esse objetivo retornava para o próprio povo. Deus queria e quer que nós que somos seu povo vivamos. Vivamos a vida que Ele nos concede!
Em 3º lugar vemos a necessidade da conversão a Deus, vs.7-10.
A conseqüência do que vínhamos comentando anteriormente é visível nestes versos. Ela aparece de forma condicional através da cláusula “se” repetida por duas vezes no verso 10: 1) [se deres ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, guardando os seus mandamentos e os seus estatutos, escritos neste Livro da Lei], e, 2) [se te converteres ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma]. As bênçãos divinas recairiam sobre o povo de Deus se houvesse arrependimento, se houvesse conversão a Deus e se houvesse obediência. Sim! Diante da conversão ao Senhor, diante da obediência aos mandamentos os israelitas desfrutariam das bênçãos de Deus. Que bênçãos? Pelo menos sete bênçãos são mencionadas: 1)punição dos seus inimigos (7); 2)punição dos que os aborreciam e os perseguiam (7); 3)abundância em todas as suas obras (8); 4)fertilidade humana (9); 5)fertilidade animal (9); 6)fertilidade vegetal (9); e, 7)se tornariam motivo de exultação para o Senhor. Ora, diante dessas afirmações, fica mais uma vez constatado que Deus quer nos abençoar, mas para que isso aconteça Ele quer ver a nossa disposição de nos submetermos a Ele e obedecermos a Sua Lei. Mas, deve-se destacar também nesses versos a afirmação do verso 7 que diz: [O Senhor, teu Deus, porá todas estas maldições sobre os teus inimigos e sobre os teus aborrecedores, que te perseguiram]. Querido amigo temos que entender claramente esse verso, pois assim entenderemos a soberania de Deus. Seria bênção para Israel a punição dos seus inimigos. Se Israel não obedecesse ao Senhor, ele seria disciplinado e isso ocorreria através de outras nações como, por exemplo, os assírios e os babilônicos que os levaram ao cativeiro, através de guerras e conquistas. Mas, mesmo essas nações que foram usadas como instrumentos disciplinares divinos não ficariam impunes por suas maldades e pelos males causados ao povo de Deus. O nosso Deus é soberano e justo. Não é porque essas nações foram usadas como instrumentos divinos que ficariam impunes, mas por outro lado, não é porque Israel era povo de Deus que ficaria impune! Não! Deus é justo, portanto eu e você também somos passíveis da disciplina divina! Se agirmos em desacordo com a vontade divina somos passíveis da disciplina do Senhor!
Em 4º lugar vemos a necessidade da obediência pela proximidade da lei, vs. 11-14.
Nesses versos encontramos uma das passagens mais importantes de Deuteronômio, pois muitos séculos depois, inspirado pelo Espírito Santo, Paulo citou esses versículos no livro de Rm 10.6-10, argumentando sobre a disponibilidade da “declaração da fé” para a salvação. Vamos atentar para as palavras destes versos: [Porque este mandamento que, hoje, te ordeno não é demasiado difícil, nem está longe de ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Nem está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Pois esta palavra está mui perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires]. Querido amigo, Moisés não deixou dúvidas quanto a possibilidade de Israel cumprir os mandamentos divinos. Pelas palavras de Moisés era possível cumprirem os mandamentos de Deus. Mas, como os israelitas poderiam obedecer a lei divina? Veja bem, Moisés estava declarando que compreender a aliança, crer nela e obedecê-la não ficava além do alcance do povo. Moisés declarou nestes versos que a lei: 1)não era incompreensível (demasiado difícil); 2)nem inatingível (nem está longe de ti); 3)nem inacessível (nos céus); 4)nem intransponível (além do mar); 5)mas, era praticável (para a cumprires)! Estando essa lei nas suas bocas (ao repetirem-na) e em seus corações (ao crerem-na) e tendo um coração humilde, pedindo a graça divina e vivendo pela fé, Israel poderia amar a Deus obedecendo aos seus mandamentos.
Porém, surge a pergunta: Se é possível a obediência aos mandamentos do Senhor, por que somente Jesus conseguiu obedecê-los? Por que nenhum homem conseguiu e consegue obedecê-los? A resposta é uma constatação sobre a nossa condição humana. Ninguém obedeceu ou obedece integralmente os mandamentos divinos porque a natureza humana possuiu em si mesmo uma forte tendência para o pecado. Infelizmente não é possível termos uma vida sem pecado, isso é, obedecendo totalmente a vontade de Deus porque a nossa natureza foi distorcida e está inclinada para o pecado, para desobedecer a Deus. Porém, conforme o Espírito Santo inspirou Paulo em Rom 8.3: [...o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho...]. Querido amigo, não é possível sermos justos diante de Deus obedecendo a lei, pois a carne está enferma, isto é, a nossa velha natureza, pecaminosa, não tem poder contra o pecado. Somente Jesus, que não tem a nossa natureza pecaminosa conseguiu obedecer totalmente a lei. E, graças a Deus, essa obediência de Jesus pode ser a nossa obediência, se pela fé aceitarmos esse presente divino. Deus nunca pretendeu que a lei justificasse alguém. A lei foi dada para revelar a nossa necessidade e nos conduzir a Cristo (Gl 3.24). Somente Cristo, através do Espírito Santo pode nos dar um novo coração, uma nova vontade e uma nova capacidade para obedecermos a lei de Deus. Que cada um de nós possa permitir ao Espírito Santo nos capacitar a obedecer aos mandamentos do Senhor!
Em 5º lugar vemos a necessidade do amor a Deus, v.15-16.
Como dissemos na frase que resume esse capítulo, “somente quando reconhecemos a necessidade de ações concretas podemos experimentar o amor e a bondade de Deus em nossas vidas”. Assim uma das ações que Deus esperava de Israel e que espera de nós cristãos é o amor a Ele mesmo. A proposta de renovação da aliança colocava Israel diante de uma escolha: por um lado: vida e o bem; e, de outro lado: morte e o mal. A proposta incluía três requisitos com recompensas: 1) guardar os mandamentos, 2) amar o Senhor, 3) andar nos seus caminhos. Se Israel escolhesse a vida e o bem e, se guardasse os mandamentos, andasse nos caminhos e amasse o Senhor, então, o Senhor Deus: 1) os faria viver, 2) os multiplicaria e 3) os abençoaria. A terra de Canaã, que logo mais Israel conquistaria e possuiria, de fato, seria uma terra que “mana leite e mel”, isto é, seria uma terra abençoada por Deus. O amor a Deus, demonstrado na obediência aos seus mandamentos é a maneira de atrairmos a atenção divina sobre nossas vidas ou sobre nossas comunidades. Que o Senhor mesmo nos dê condições de amarmos a Ele de todo coração, alma e força! É esta a escolha que Deus espera de nós, como esperava esta mesma escolha por parte de Israel.
Em 6º lugar vemos a necessidade da disciplina divina, v.17-18.
Mas, ao mesmo tempo em que Deus propunha e prometia uma vida abençoada. Deus deixou clara a sua reação diante da escolha de uma alternativa errada. Esses versos nos mostram essa alternativa infeliz: [Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires, então, hoje, te declaro que, certamente, perecerás; não permanecerás longo tempo na terra à qual vais, passando o Jordão, para a possuíres]. Se Israel optasse por essa alternativa estava claro o que receberia como recompensa. Mas, aqui surge uma importante pergunta que necessita de uma resposta muito objetiva. A pergunta é: Como alguém, diante de tantas advertências poderia optar por essa segunda alternativa sabendo que iria ter contra si mesmo a poderosa mão de Deus? A resposta objetiva é: Racionalmente, conscientemente é provável que ninguém optasse por essa segunda alternativa; porém ela pode ser escolhida no dia a dia. Sim! Ao nos envolvermos com as circunstâncias da vida, ao nos dedicarmos ao nosso ganha-pão diário, ao vivermos a vida rotineiramente e sem a vigilância que devemos ter, podemos nos enganar e iniciarmos um caminho triste e de conseqüências mais tristes ainda. Conforme o verso 17: o desvio dos caminhos do Senhor; o desprezo à voz do Senhor; a sedução de uma vida indisciplinada; a inclinação a outros deuses (mesmo que não sejam ídolos); e o serviço a eles, isto é, o culto, a adoração a esses deuses que não são deuses, podem nos levar, na prática, a optarmos por essa segunda alternativa, enganando-nos a nós mesmos, conforme Tg 1.22. Israel, comparando-se com as outras nações, poderia sem perceber optar por esse caminho que o levaria para longe de Deus e assim teria como conseqüência o desterro, isto é, seria lançado da terra que estava para conquistar. Israel não permaneceria, como de fato não permaneceu na terra que Deus tinha prometido aos seus pais. E, assim como Israel, se fizermos essa opção poderemos ter essa mesma conseqüência: não permaneceremos em comunhão com Deus, não manteremos o lugar do nosso candeeiro, conforme Ap 2.5 como foi advertida a igreja de Éfeso.
Em 7º lugar vemos a necessidade da escolha, v.19-20.
Ora, diante disso, era necessário um juramento. Para se oficializar as alianças os deuses de ambas as partes eram invocados. Em Israel essa invocação não seria aceita, por isso os céus e a terra foram convocados como testemunhas de que foram oferecidas ambas as alternativas para que fosse feita uma escolha consciente. Foi, finalmente feito um apelo para que Israel escolhesse a vida e que amando a Deus, ouvindo-O e apegando-se a Ele teriam longevidade na terra de Canaã, a terra que havia sido prometida a Abraão, Isaque e Jacó. Querido amigo, minha oração é que você faça a melhor escolha. Que você a vida!
Querido amigo chegamos ao final de mais um tempo de estudos e concluímos a analise do 4º discurso de Moisés, as palavras finais de Moisés. Espero que você tenha sido desafiado por essas lições e peço a Deus que te capacite a obedece-Lo.
Obrigado por sua companhia e, fico aguardando a sua carta, seu e-mail ou um recado no orkut.
Que o Senhor Deus te abençoe,
Um grande abraço.
© 2014 Através da Biblia

Através da Bíblia - Deuteronômio 29.1-29

Deuteronômio 29.1-29
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Queremos saudá-lo em nome de Jesus. É com grande prazer que mais uma vez estamos juntos com o objetivo de estudarmos a Palavra de Deus. Nosso desejo é que o estudo de hoje sirva para a sua edificação e traga, além dos desafios do texto, as mais preciosas bênçãos divinas para a sua vida. Você que nos acompanha sabe nossa tarefa logo ao iniciarmos o nosso programa é mencionar e registrar as cartas que recebemos de cada um de vocês. E, é isso que faremos agora, destacando uma carta que vem do ACD de Campinha Grande na Paraíba. Ele nos diz o seguinte: "Gosto muito do Através da Bíblia. Estava no Amazonas, divisa com a Colômbia e Peru e lá é mais difícil sintonizar a rádio. Mas agora já estou conseguindo com um transglobe. Uma abraço a todos". Querido irmão somos gratos por suas palavras. Agradecemos o seu esforço em nos sintonizar e louvamos a Deus pelo seu interesse em estudar a Palavra. Que Deus te abençoe e que você seja uma bênção entre os seus familiares e amigos nos mais diversos contextos. Agora, quero convidá-lo e, a todos que nos sintonizam nesse momento a buscar ao Senhor através da oração: "Pai querido, obrigado pela tua preciosa graça e misericórdia que nos dá ousadia para entrarmos na tua presença pelo precioso sangue de Cristo e buscar graça nesta ocasião. Pai te pedimos que a tua companhia seja experimentada por todos nós, nos mais diversos lugares onde estivermos, em todos os momentos. Também te pedimos que nos ilumine nesse momento de estudo. Que a Tua palavra molde o nosso caráter. Oramos em nome de Jesus. Amém!".
Querido amigo, hoje temos como alvo estudarmos o capítulo 29 de Deuteronômio, que inicia o quarto discurso de Moisés, que também alcança o capítulo 30 que estudaremos no próximo programa.
Como temos mencionado, essas últimas palavras de Moisés, são palavras de estímulo e encorajamento do próprio Deus que desejava que Israel desfrutasse de uma vida abençoada em Canaã, a terra da promessa. Neste último discurso, Deus convidou Israel a renovar a aliança e, através de Moisés Ele apelou pessoalmente para esta segunda geração ser leal e fiel ao pacto que estava sendo renovado. Nesse inclui-se uma predição da apostasia de Israel e o conseqüente castigo que Deus enviaria. Havia também a predição das bênçãos e maldições que dependeriam da atitude de Israel perante a aliança renovada com o Senhor. Mas, sobretudo, finalmente havia uma antevisão da graça divina que proporcionaria o arrependimento e o perdão. Deus estava propondo a Israel que circuncidasse o seu coração com o objetivo de amá-Lo e obedecê-Lo. Moisés estava incluindo nessa renovação da aliança uma transformação do coração e da vontade israelita, para que servissem ao Senhor com total sinceridade. Todavia, para que isso acontecesse, cada um do povo deveria saber todo o conteúdo da aliança, tudo o que nela estava incluído.
Por isso, como título deste capítulo é possível termos a seguinte frase: As inclusões da aliança renovada. Assim, ao estudarmos o conteúdo desta primeira parte do discurso de Moisés, podemos resumi-lo numa afirmação: Todo povo de Deus deve ter consciência do que se incluiu na renovação da aliança. E, então fazendo o caminho inverso, ao detalharmos o texto encontramos as sete inclusões que foram feitas no conteúdo da aliança renovada que deveriam ser conhecidas por todo povo de Deus:
Em 1º lugar a aliança incluía um aspecto renovado a ser aceito, vs. 1
É esse o conteúdo deste verso: [São estas as palavras da aliança que o SENHOR ordenou a Moisés fizesse com os filhos de Israel na terra de Moabe, além da aliança que fizera com eles em Horebe.]. Alguém poderia perguntar: Por que havia necessidade de uma renovação da aliança estabelecida no Sinai (Êx 19.5)? Uma vez que já tinham firmado esse compromisso haveria necessidade de uma renovação? E a resposta clara é: Sim! Havia necessidade de renovação porque Israel tinha sido infiel em seu compromisso, como por exemplo se viu em Êx 32 e Nm 25. A liderança do povo estava sendo passada para Josué, e, agora, ao entrarem na nova terra, ao entrarem como a segunda geração, depois do êxodo, Deus estava querendo um compromisso renovado de Israel para dedicar-se a Ele, para servi-Lo, para ser enfim a sua voz diante das outras nações. As condições de Israel dentro em breve mudariam completamente. De nômades passariam a ser uma nação estabelecida numa terra que produzia leite e mel, numa terra a ser abençoada por Deus. Querido amigo, Deus quer sempre que nós como seu povo renovemos nosso compromisso com Ele; estejamos sempre revigorados para cumprir as tarefas que Ele tem destinado a cada um de nós! Que tenhamos consciência do privilégio de servirmos a Deus com um compromisso fiel e um coração sincero.
Em 2º lugar a aliança incluía a lembrança dos eventos passados, vs.2-8
Moisés recordou aos israelitas a condução divina durante os últimos quarenta anos e as experiências que tiveram de libertação. Deus tinha livrado Israel do Egito quando através das dez pragas demonstrou seu infinito poder sobre o Faraó e as divindades egípcias (v.3-4). Deus tinha conduzido Israel pelo deserto. Deus tinha feito milagres maravilhosos: suas vestes não se envelheceram; suas sandálias não se envelheceram; sua alimentação básica nunca lhes faltou (v.5). Deus tinha dado a vitória sobre o rei de Hesbom e todo o território a leste do Jordão já pertencia às tribos de Rubem, Gade e meia tribo de Manassés (v.7-8). Porém, apesar de todas essas ações graciosas, uma frase do v. 4 merece nossa atenção minuciosa. Diz assim o verso 4, que séculos mais tarde foi citado por Paulo em Rm 11.8: [porém o Senhor não vos deu coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje]. Então, como entender essa frase? Certamente Israel percebia que era alvo da graça e da bondade divina, mas a sua visão era meramente exterior, era meramente circunstancial. Como muitos cristãos ainda hoje, Israel não conseguia perceber, com olhos espirituais o significado mais profundo dessas ações divinas. Eles, como nós só podemos ter essa percepção através da iluminação divina. Mas, por causa da sua desobediência, da quebra da aliança, Deus não lhes concedeu essa iluminação. Essa cegueira espiritual foi vista em vários momentos da história, como, por exemplo, na época de Jesus, como estudamos nos evangelhos. Mas, é vista ainda hoje, com cristãos buscando apenas as bênçãos materiais e desprezando o que realmente vale em nossa relação com Deus: a comunhão, a intimidade, e a vida cheia do Espírito. Em todas essas ações Deus queria que eles reconhecessem que Ele era o Senhor, o Deus de Israel (v.6). Deus quer que O reconheçamos como Senhor, o nosso único Deus. Que possamos nos comprometer com o Deus Criador, santo e soberano, condutor de nossas vidas!
Em 3º lugar a aliança incluía a geração presente e as gerações futuras, vs.9-15.
Esses versos iniciam-se com palavras de advertência, de forte recomendação. Israel deveria guardar, seguir fielmente os termos dessa aliança, dessa renovação. Se agisse assim Deus os abençoaria. Israel prosperaria em tudo o que fizessem (v.9)!
A renovação da aliança estava sendo feita diante dos líderes das tribos, dos anciãos, dos homens, dos meninos, das mulheres, dos estrangeiros (alguns egípcios e midianitas que saíram com Israel no êxodo, conf. Êx 12.38), de todos que trabalhavam em meio à congregação de Israel (v.10-11). Deus queria que Israel entrasse em aliança, firmasse e renovasse o pacto que Ele tinha feito com os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó há muitos séculos passados. Deus queria que Israel O aceitasse como seu Deus, pois queria aceitá-lo como Seu povo (v.12-13). Mas, a grande bênção que Deus propunha, nos versos 14 e 15 era a bênção da extensão, do alcance da renovação da aliança. Essa aliança incluiria a geração presente, isto é, a segunda geração e as futuras gerações dos israelitas. Deus queria e quer nos abençoar e também a nossa descendência. A palavra “hoje” que aparece no final do v.15 é repetida por seis vezes do verso 2 até aqui, demonstrando que Deus queria manter a aliança sempre atual e renovada. Assim como Ele fez com Israel Ele quer que nossos filhos, netos e todos os que Ele mesmo nos conceder se comprometam com Ele, O sirvam e O glorifiquem constantemente. Peçamos a Deus a Sua própria graça para que os nossos descendentes também possam amar e se comprometer com Ele mesmo!
Em 4º lugar a aliança incluía o limite da misericórdia divina, vs.16-21.
Nesses versos temos claramente três divisões: 1)Nos vs.16-17 temos a constatação do contato de Israel com os deuses dos gentios, que eram abominações diante de Deus. Tal recordação deveria fazer Israel lembrar da santidade divina diante da perversidade dos cultos pagãos e, assim deveria rejeitá-la. 2)No v.18 temos a declaração do princípio em que a idolatria é descrita como uma planta que cria raízes e produz uma colheita de erva venenosa e amarga (Thompson, 2006, pg.270). Essa mesma figura aparece posteriormente em Os 10.4 e Hb 12.15. 3)No v.19-21 temos a ameaça da maldição que viria sobre aqueles que desobedecessem a lei do Senhor. Alguém poderia soberbamente pensar: [Terei paz, ainda que ande na perversidade do meu coração, para acrescentar à sede a bebedice] (19). Mas, para esse que assim procedesse a misericórdia do Senhor não era ilimitada. A misericórdia divina teria limites: não haveria perdão; a ira do Senhor fumegaria sobre ele; toda a maldição cairia sobre ele; e o Senhor lhe apagaria o nome dele debaixo do céu, o que para um israelita era algo terrível, pois o seu grande desejo era ter seu nome lembrado pelas futuras gerações. O desobediente seria castigado por Deus através da sua separação da congregação de Israel, recebendo sobre si toda a calamidade das maldições constantes no livro Lei do Senhor. Ora, querido amigo, isso nos faz lembrar da afirmação de que Deus é zeloso (v.20) e é fogo consumidor (cap. 4.24 e Hb 12.29). Querido amigo todos nós somos desafiados a não tolerar a idolatria sabendo que Deus ama aquele que adora somente a Ele!
Em 5º lugar a aliança incluía uma advertência sobre a devastação futura, vs.22-24
Essas declarações são duríssimas. 1)Deus estava antevendo a Israel que as futuras gerações, e até os estrangeiros de terras longínquas se surpreenderiam ao verem a devastação, a desgraça e as doenças que cairiam sobre Israel e sua possessão caso quebrassem a aliança. 2)A descrição está relacionada com os termos comumente usados para representar a ira de Deus: sequidão através da terra abrasada; fogo, através do enxofre; e, ardência através do sal. A terra se tornaria improdutiva e totalmente devastada como Sodoma e Gomorra, e outras cidades próximas, Admá e Zeboim situadas na extremidade sul do Mar Morto. 3)Conforme o verso 24 diante de tal quadro as perguntas inevitáveis seriam: Por que fez o Senhor assim com esta terra? Qual foi a causa do furor de tamanha ira? Querido amigo temos que lembrar das conseqüências previamente acertadas na renovação da aliança. As bênçãos viriam mediante a obediência aos princípios que gerassem o contentamento no coração divino. Mas por outro lado, as maldições apanhariam de tal maneira todo aquele que desobedecesse ao Senhor que, as perguntas e os questionamentos seriam feitos. Querido amigo, estas palavras de Deus cumpriram-se literalmente na história de Israel e da Palestina. O povo, de fato, se afastou da aliança do Senhor, e a terra foi amaldiçoada. Sim, o concerto que Deus fez com o povo incluía a terra. Durante muitos séculos, durante quase dois milênios, a terra de Israel ficou deserta e quem passasse por ela, fazia exatamente estas perguntas. Porém, diante desse quadro, perguntamos: não é isso que também acontece em nossos dias? Graças a Deus por seu amor e por sermos seus filhos! As disciplinas do Senhor não são para nossa destruição eterna, mas visam a nossa maturidade e o retorno à sensatez, livrando-nos dos laços do inimigo!
Em 6º lugar a aliança incluía a explicação da causa da disciplina, vs. 25-28
Nesses versos encontramos a resposta para essas questões levantadas. Seria uma resposta clara e objetiva, conforme lemos no texto:
[Então, se dirá: Porque desprezaram a aliança que o Senhor, Deus de seus pais, fez com eles, quando os tirou do Egito; e se foram, e serviram a outros deuses, e os adoraram; deuses que não conheceram e que ele não lhes havia designado. Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra esta terra, trazendo sobre ela toda a maldição que está escrita neste livro. O Senhor os arrancou, com ira, de sua terra, mas também com indignação e grande furor, e os lançou para outra terra, como hoje se vê]. Ora, o que percebe nesse texto são 3 razões pelas quais a devastação poderia ocorrer: 1)Desprezo a aliança estabelecida com Deus; 2)Adoração a outros deuses estranhos a um povo que era exclusivo de Yahweh; 3)Serviço prestados a esses deuses estranhos, ímpios e que não tinham sido autorizados por Yahweh. Mas, além das causas serem apontadas, foram detalhadas também as ações corretivas que Deus faria contra Israel: 1)A terra seria amaldiçoada pelo pecado de Israel; 2)Deus arrancaria Israel com ira, indignação e grande furor da terra, a terra da promessa; e, 3)Deus os lançaria para outra terra. E isso foi verificado quando Israel, o reino do norte foi levado cativo para a Assíria em 711 aC. e quando Judá, o reino do sul foi levado cativo para a Babilônia em 586 aC. Mas, essas punições foram vistas também quando em 70 dC., sob o comando do Marechal Tito Jerusalém foi invadida, destruída e o templo totalmente queimado, exatamente quarenta anos após a crucificação de Jesus Cristo. Querido amigo, embora o nosso Deus seja um Deus de amor, de graça e de misericórdia; Ele é um Deus justo, imparcial e que não faz acepção de pessoas. Portanto, cabe a nós que somos seus filhos andarmos corretamente para recebermos suas bênçãos e não suas punições.
Em 7º lugar a aliança incluía os encobertos planos divinos para o futuro, v. 29
Querido amigo este verso é um dos mais conhecidos e mais citados pelos cristãos quando têm que explicar algo da Palavra de Deus e não conseguem. Mas vamos lê-lo integralmente para o entendermos completamente. Essas são as suas palavras: [As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei]. Dentro do contexto desse último discurso de Moisés; dentro do contexto da preparação de Israel para possuir Canaã; dentro desse contexto de advertência e apelo para que obedecessem a lei do Senhor, em termos gerais, essas palavras têm um significado bem específico: As “coisas encobertas” certamente se referiam ao futuro desconhecido de Israel: será que Israel obedeceria e seria abençoado por Deus ou desobedeceria e seria castigado pelo Senhor? Só Deus conhecia e conhece as “coisas encobertas”. Só Deus conhecia o futuro de Israel e, só Deus conhece o nosso futuro. Porém Israel conhecia as “coisas reveladas”, isto é, a Lei do Senhor. E, nós também. Nós conhecemos a Palavra de Deus e os seus princípios. O que Deus esperava de Israel é que a Lei revelada fosse obedecida fielmente pelos israelitas garantindo a eles mesmos e as suas futuras gerações um futuro próspero e abençoado por Ele mesmo, o Deus de Israel!
Querido amigo, usamos em muitas ocasiões as nossas especulações, os nossos “achometros”, as nossas opiniões, as nossas interpretações e as nossas posições doutrinárias para nos pronunciarmos a respeito do que só Deus conhece. E, nem nos importamos, não levamos a sério obedecermos e cumprirmos a vontade de Deus claramente revelada na Palavra de Deus. Parece-nos que nos atrai mais aquilo que é desconhecido. Se estivéssemos atraídos pelos princípios da Palavra de Deus e desejosos em obedecê-los certamente as nossas vidas seriam bem diferentes do que tem sido até agora.
Mas, querido amigo, esse, é um versículo também notável por uma outra razão. Como não nos foram revelados muitos detalhes divinos, muitos detalhes sobre Israel, sobre os planos e propósitos de Deus para Israel, também não nos foram reveladas outras verdades encobertas. Por que? Porque elas pertencem a Deus. As reveladas pertencem a nós, e aos nossos filhos. E por que o Senhor nos revelou estas coisas? Qual foi o seu propósito? Para satisfazer a nossa curiosidade? Para satisfazer a nossa sede de conhecimento? Não! Certamente, não. Veja o final do versículo: "Para que cumpramos todas as palavras desta lei". Quando Deus nos revelou Suas verdades ou princípios, Ele o fez para que pudéssemos viver de acordo com aquela verdade ou princípio. O que Deus quer é que obedeçamos a Sua Palavra para que Ele possa nos abençoar.
Temos que lembrar as palavras de Paulo em 1Tm 4.1-2: [Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência]. Querido amigo que possamos vigiar para não sermos iludidos por esses que prometem contatos com os mortos e revelações sobre a vida futura. Nossa fé deve alicerçar-se somente na Palavra de Deus!
Bom, chegamos ao final de mais um tempo de estudos e concluímos a analise da primeira parte do 4º e último discurso de Moisés. Espero que você tenha sido desafiado por essas lições e peço a Deus que te capacite a obedece-Lo.
Obrigado pela companhia e, fico aguardando a sua carta, seu e-mail ou um recado no orkut.
Que o Senhor Deus te abençoe,
Um grande abraço.
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